O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou, esta segunda-feira, novas medidas para reforçar a segurança em Washington, num momento em que soldados da Guarda Nacional começaram a portar armas nas ruas da capital dos Estados Unidos (EUA).

Em 11 de agosto, o chefe de Estado colocou a polícia de Washington sob a autoridade da sua administração e destacou membros da Guarda Nacional, um corpo de reserva das Forças Armadas norte-americanas.

Trump alegou que a capital dos EUA tinha sido "invadida por gangues violentos" e que queria "limpar tudo".

Esta segunda-feira, o magnata republicano pediu ao seu secretário de Defesa, Pete Hegseth, que crie uma unidade especializada dentro da Guarda Nacional "responsável por garantir a ordem e a segurança na capital do país".

Também anunciou o recrutamento de mais agentes policiais e procuradores em Washington.

Num segundo decreto, Donald Trump atacou as libertações sem fiança, que são comuns em Washington. Esse sistema permite que pessoas detidas pela polícia sejam libertadas enquanto aguardam julgamento sem precisarem de pagar fiança, como é exigido na maioria dos estados do país.

O Presidente pediu às autoridades que garantam que os detidos na capital sejam mantidos presos "o máximo possível" e que sejam processados ao nível federal.

Essas medidas garantirão que "criminosos que representam uma ameaça à segurança não sejam libertados antes do julgamento", escreveu Donald Trump.

No dia anterior, os soldados da Guarda Nacional começaram a portar armas na capital.No entanto, só estão autorizados a usar a força "como último recurso", disse o Exército.

Mais de 2.000 soldados mobilizados

Os mais de 2.200 soldados da Guarda Nacional enviados para a capital vêm principalmente de Washington, D.C., assim como de estados republicanos como Virgínia Ocidental, Carolina do Sul, Ohio, Mississippi, Luisiana e Tennessee.

A autarca de Washington, a democrata Muriel Bowser, minimizou as alegações sobre o aumento da violência nas ruas da cidade, dizendo que está "no nível mais baixo em 30 anos".James Comer, um influente congressista republicano, anunciou, esta segunda-feira, que o Congresso iniciará uma investigação sobre alegações de manipulação de estatísticas criminais em Washington.

O congressista advogou que um denunciante com "conhecimento direto" dos factos indicou que altos funcionários da polícia de Washington estavam a "manipular grosseiramente" os números de crimes na cidade.