
Desde 2011, ou seja, nesta actual série estatística, que a taxa de desemprego na Região Autónoma da Madeira não atingiu um percentual tão baixo, 4,8%. De acordo com os resultados do Inquérito ao Emprego relativos ao 2.º trimestre de 2025 (Abril a Junho) a taxa de desemprego estimada caiu "0,4 pontos percentuais (p.p.) em relação ao trimestre homólogo" e diminui "1,9 p.p. por comparação com o trimestre anterior", notando a DREM que "esta taxa de desemprego é a mais baixa da série começada no 1.º trimestre de 2011".
Olhando ao pormenor, "a população activa manteve-se nas 136,3 mil pessoas, valor inalterado face ao 1.º trimestre de 2025, tendo aumentado 2,0% comparativamente ao trimestre homólogo", mas "a população empregada fixou-se em 129,8 mil pessoas, tendo aumentado 2,5% em termos homólogos (+3,1 mil pessoas) e 2,0% em relação ao trimestre precedente (+2,6 mil pessoas). Da população empregada, 3,1 mil estavam em situação de subemprego a tempo parcial, 7,0 mil pessoas exerciam uma atividade secundária e 18,2 mil trabalharam em casa (15,2% das mulheres empregadas e 12,7% dos homens empregados)".
De acordo com as contas da Direção Regional de Estatística da Madeira, "a estimativa da população desempregada, apurada em 6,5 mil pessoas, diminuiu 6,3% face ao trimestre homólogo e 28,1% comparativamente ao trimestre anterior", salienta.
Facto interessante é que a "a população inactiva, estimada em 125,0 mil pessoas, aumentou 1,6% face ao trimestre homólogo e 0,7% em comparação com o trimestre anterior", pelo que "a taxa de actividade das pessoas em idade avtiva (16 aos 89 anos), no 2.º trimestre de 2025, foi estimada em 60,4%, valor inferior em 0,1 p.p. por comparação ao trimestre homólogo e em 0,2 p.p. face ao trimestre precedente", sendo que "a taxa de actividade nas mulheres foi de 56,6%, sendo inferior à dos homens (64,7%) em 8,1 p.p.".

Frise-se que "no trimestre em análise, a taxa de desemprego em Portugal atingiu 5,9%, valor inferior em 0,7 p.p. comparativamente ao trimestre precedente e em 0,2 p.p. face ao mesmo período homólogo. Por regiões, a Península de Setúbal atingiu 8,6%, o valor mais elevado. Já a Grande Lisboa e o Norte apresentaram taxas de desemprego acima da média nacional com 6,5% e 6,1% respetivamente. No polo oposto, a Região Autónoma dos Açores (RAA) registou a taxa de desemprego mais baixa, com 3,9%, seguida pelo Algarve com 4,5%, pela RAM e pelo Oeste e Vale do Tejo, ambas com 4,8%, pelo Alentejo com 4,9% e pelo Centro com 5,1%", situa.
Nota ainda o facto de "a generalidade das regiões apresentou uma queda na taxa de desemprego, em comparação com o trimestre anterior, com exceção da Península de Setúbal, que registou um acréscimo de 0,1 p.p.. O Algarve e a RAM registaram as quedas mais significativas, com 3,6 p.p. e 1,9 p.p. respetivamente", seguindo-se "as descidas na taxa de desemprego da RAA (-1,8 p.p.), no Oeste e Vale do Tejo (-1,1 p.p.), no Alentejo (- 0.9 p.p.), no Norte (-0,7 p.p.) e na Grande Lisboa (-0,3 p.p.). O Centro manteve-se inalterado".
Daí que, em termos homólogos, "a RAA registou o maior decréscimo (-1,6 p.p.). Observaram-se também diminuições no Oeste e Vale do Tejo (-1,1 p.p.), no Algarve (-0,5 p.p.), na RAM (-0,4 p.p.), no Alentejo (-0,3 p.p.), no Norte (-0,2 p.p.) e no Centro (-0,1 p.p.). Nas restantes regiões NUTS II, a tendência foi distinta, com aumentos na Península de Setúbal (+0,6 p.p.) e na Grande Lisboa (+0,1 p.p.)", conclui a DREM.