
O Presidente russo, Vladimir Putin, recebeu hoje em Moscovo o enviado norte-americano Steve Witkoff, dois dias antes de expirar o ultimato de Donald Trump para que a Rússia suspenda a ofensiva na Ucrânia.
Putin e Witkoff apertaram as mãos calorosamente e sorriram no início do encontro numa sala sumptuosa do Kremlin, de acordo com imagens divulgadas pelo serviço de imprensa da presidência russa, noticiou a agência France-Presse (AFP).
À chegada a Moscovo, Witkoff já tinha sido recebido pelo representante especial do Presidente Kirill Dmitriev, segundo a agência oficial russa TASS.
Dmitriev desempenhou um papel fundamental em três rondas de conversações diretas entre delegações da Rússia e da Ucrânia em Istambul nos últimos meses.
Também esteve envolvido nas discussões entre funcionários russos e norte-americanos, de acordo com a agência de notícias Associated Press (AP).
As negociações não registaram qualquer progresso no sentido de pôr termo à guerra de três anos que se seguiu à invasão russa do país vizinho.
O prazo dado por Trump a Putin termina na sexta-feira.
O Presidente dos Estados Unidos ameaçou com "tarifas duras" e outras sanções económicas se a Rússia não suspendesse a ofensiva na Ucrânia.
Trump tem manifestado uma frustração crescente com Putin face à intensificação dos ataques russos a zonas civis da Ucrânia para minar o moral e o apoio público à guerra.
Durante a noite de hoje, as forças russas mataram duas pessoas e feriram 12 num ataque a um centro recreativo na região de Zaporijia (sul), disse o governador regional, Ivan Fedorov.
"Não há qualquer sentido militar neste ataque. Apenas crueldade para intimidar", afirmou o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, numa mensagem nas redes sociais citada pela AP.
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, que fez parte da União Soviética.
A guerra causou dezenas de milhares de vítimas civis e militares, segundo estimativas de diversas fontes, embora o número preciso seja desconhecido.