Foi numa acção de pré-campanha eleitoral, no Bairro da Nazaré, que o candidato socialista à Câmara Municipal do Funchal garantiu que caso venha a vencer a corrida à maior autarquia da Região vai avançar com a construção de 169 casas que permitirão resolver o problema de habitação a cerca de 500 pessoas.

Rui Caetano não perdeu a oportunidade para criticar a actuação do actual Executivo PSD/CDS no que a estas matérias diz respeito, acusando-o mesmo de deixar quatro projectos aprovados pela anterior vereação socialista na gaveta.

"Nós vamos construir 51 casas na Penha de França, 71 na Quinta das Freiras, 23 no bairro da Ponte e 24 através da aquisição e reabilitação de prédios no centro da cidade do Funchal", apontou o candidato, para quem será uma prioridade garantir uma habitação condigna aos munícipes que, mesmo tendo trabalho e auferindo de um salário ao fim do mês, não conseguem ir ao privado arrendar ou adquirir uma casa. "Os projectos existem, falta é boa-vontade e capacidade de execução", criticou, afiançando que, assim que o PS chegue à liderança da edilidade, irá avançar com a construção destas habitações.

Na mesma ocasião, Rui Caetano terá defendido que a habitação pública tem de ter qualidade, distanciando-se do que se verifica com o empreendimento do Canto do Muro, que apresenta problemas estruturais graves. Trata-se de um investimento superior a três milhões feito na altura em que Miguel Albuquerque liderava os destinos da cidade.

A um outro nível, o candidato socialista afirmou que é igualmente fundamental a construção de habitação a preços mais acessíveis. "Nós continuamos a acreditar nas cooperativas, defendemos que é necessário apoiar, ceder terrenos, mas, paralelamente a estes apoios, é necessário criar mecanismos de fiscalização", afirmou, condenando a negligência a que se assistiu por parte da autarquia no que concerne ao recente caso da cooperativa Cortel. "Não podemos permitir que aconteça o aconteceu com uma cooperativa a custos controlados, que beneficiou de ajudas públicas e há pessoas lá dentro a fazer negócio em alojamento local, a arrendar apartamentos a preços exorbitantes à custa dos apoios do erário público", sustentou.