Vladimir Putin disse que continuará a testar mísseis balísticos hipersónicos Oreshnik, numa reunião com líderes da defesa e membros do seu Conselho de Segurança. Citado pela Reuters, o presidente da Federação Russa assumiu que o país tem "um stock desses mísseis pronto a ser usado" e que terá mais no futuro, depois de já ter ordenado uma nova produção em série.

O tipo de míssil em causa é o que foi testado esta quinta-feira - “com sucesso”, segundo Putin - em território ucraniano, gerando uma panóplia de reações do Ocidente. Segundo Putin, mais nenhum país possui armas como esta.

Num breve discurso à nação na quinta-feira, acrescentou que o ataque foi uma "resposta ao uso de armas de longo alcance americanas e britânicas".

"Os resultados e a rapidez de desenvolvimento do Oreshnik mostraram que a escola nacional de engenharia de foguetões é capaz de resolver problemas de garantia da soberania da Rússia", afirmou o presidente russo após a reunião. Acrescentou ainda que "vários sistemas semelhantes ao Oreshnik estão a ser testados" e que "é possível que sistemas semelhantes ao Oreshnik apareçam noutros países: mas isso será amanhã ou daqui a um ano, o importante é que a Rússia o tenha hoje."

Em reação aos últimos acontecimentos, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, afirmou, na entrevista semanal que tem na rádio pública, que a ameaça da Rússia [de mais ataques com novas armas] deve ser levada a sério, alertando que “haverá consequências”.

Orban alerta que a Rússia “baseia a sua política e o seu lugar no mundo na força militar” e preza o seu estatuto de “um dos militares mais poderosos do mundo, com algumas das armas mais modernas e destrutivas”.