O Presidente da República lamentou hoje "a trágica morte" num acidente de viação de um bombeiro da corporação da Covilhã, "em pleno serviço à comunidade" em contexto do combate aos incêndios rurais, e que provocou também ferimentos noutros operacionais.

"O Presidente da República acaba de saber da trágica morte de um bombeiro da corporação da Covilhã, em acidente de viação, ocorrido em pleno serviço à comunidade no quadro do combate aos incêndios, onde ficaram também seriamente feridos dois outros camaradas seus", lê-se numa nota divulgada na página da Internet da Presidência da República.

Na nota, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, salienta que o acidente ocorreu depois de "10 dias de ininterrupta doação sem limites de tempo e de espaço" de todos os operacionais.

"O Presidente da República já transmitiu o seu profundo pesar solidário ao comandante da corporação e ao presidente da Câmara Municipal da Covilhã, pedindo-lhes que o fizessem chegar à família enlutada e às famílias que vivem a angústia do estado de saúde dos bombeiros feridos", é ainda referido na mensagem.

Um bombeiro do Corpo de Bombeiros da Covilhã morreu hoje num acidente de viação quando se deslocava para um incêndio rural que deflagrou no concelho do Fundão, indicou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Em comunicado, o organismo adiantou que o acidente ocorreu pelas 19:10 e que há ainda "quatro bombeiros feridos, que estão a ser resgatados/assistidos pelas equipas de emergência no local".

O incêndio para o qual a equipa se dirigia deflagrou na localidade de Quinta do Campo. Os concelhos da Covilhã e do Fundão localizam-se no distrito de Castelo Branco.

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração do estado de alerta desde 02 de agosto.

Os fogos provocaram dois mortos, incluindo o bombeiro que morreu hoje, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual deverão chegar, na segunda-feira, dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos incêndios.

Segundo dados oficiais provisórios, até 17 de agosto arderam 172 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.