
O Presidente da República manifestou hoje pesar pela morte de Eduardo Serra, lembrando uma "carreira internacional que não tem paralelo entre os diretores de fotografia portugueses" e o contributo para o cinema a nível internacional.
Numa nota oficial, Marcelo Rebelo de Sousa recorda também o diretor de fotografia português pela sua ação, em Paris, na "militância oposicionista e envolvimento nas lutas académicas", bem como o seu trabalho com "muitos realizadores franceses", como Claude Chabrol, e em 'blockbusters' (sucessos de bilheteira) como dois filmes da saga 'Harry Potter'.
"A sua carreira internacional não tem paralelo entre os diretores de fotografia portugueses, não apenas na extensão e variedade da filmografia, mas também nas distinções (um BAFTA, duas nomeações para os Óscares)", enfatiza o Presidente da República.
Marcelo Rebelo de Sousa lembra ainda que, "não sendo o único português com sucesso em Hollywood", Eduardo Serra "foi quem mais decisivamente contribuiu para a luz e a imagem" nos filmes em que trabalhou, salientando, em particular, o papel no filme 'Rapariga do Brinco de Pérola'.
O chefe de Estado lembra a colaboração também com cineastas portugueses, como Fernando Lopes ou José Fonseca e Costa, e manifesta à família do diretor de fotografia o "pesar e reconhecimento dos portugueses".
O diretor de fotografia Eduardo Serra morreu aos 81 anos, anunciou a Academia Portuguesa de Cinema.
De acordo com fonte próxima da família, Eduardo Serra morreu no passado dia 19, terça-feira. O local não foi indicado.
Nascido em Lisboa em 1943, Eduardo Serra é o mais internacional dos diretores portugueses de fotografia, tendo sido nomeado duas vezes para os Óscares, pelos filmes "As Asas do Amor", de Iain Softley, e "Rapariga com Brinco de Pérola", de Peter Webber, que lhe garantiu o prémio BAFTA da Academia Britânica de Cinema.
O Governo lamentou hoje "profundamente" a morte de Eduardo Serra, "o mais internacional dos diretores de fotografia portugueses", elogiando a "sua carreira ímpar".