A Comissão Nacional do PS que vai debater sobre as eleições presidenciais foi convocada para 8 de fevereiro, anunciou esta segunda-feira o presidente socialista, Carlos César, que considerou que nesse dia haverá condições para "tomar uma boa decisão".
Numa entrevista esta noite no programa Crossfire, da CNN, Carlos César foi questionado sobre as eleições presidenciais do próximo ano e o candidato que o PS deverá apoiar nesse ato eleitoral, numa altura em que são apontados os nomes de António José Seguro e António Vitorino.
"Não me posso manifestar sobre essa matéria porque esta segunda-feira mesmo convoquei a Comissão Nacional do PS para o próximo dia 8 onde será tomada uma decisão porque a Comissão Nacional é o órgão máximo entre congressos e é a ela que cabe tomar essa decisão", defendeu.
Ponto único: as “eleições presidenciais”
Segundo a convocatória a que a agência Lusa teve acesso, esta reunião decorrerá no dia 8 de fevereiro, pelas 11:30, em Setúbal, e terá como ponto único as "eleições presidenciais".
De acordo com o presidente do PS, é a este órgão que cabe tomar uma decisão e "não se aplicam nesses casos primárias que não têm adequação a uma eleição desta natureza".
Questionado se nesse dia será tomada uma decisão final, Carlos César deixou duas hipóteses.
"Se ela já estiver em condições de optar por um desses nomes [Seguro ou Vitorino] ou por outro nome qualquer, muito bem. Se não estiver também definirá um perfil ou um calendário para o tratamento do tema", disse.
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O presidente do PS explicou que não pode deixar o PS "em posição de lista de espera nas eleições presidenciais".
"Julgo que temos condições no dia 08 de fevereiro de tomar uma boa decisão", disse.
Para Carlos César, "é muito importante que esta eleição presidencial possa, na escolha dos portugueses, excluir extremismos ou protagonismos não identificados" e que "contribua para um equilíbrio político entre os órgãos de soberania".
"É nesse contexto que eu acho que é muito importante a eleição de um candidato proveniente da área da esquerda democrática", justificou.
Com LUSA