“Conseguiu descansar?”, pergunta António Costa a Volodymyr Zelensky. “Sim, um pouco”, responde o presidente ucraniano.

Zelensky não tem descanso.Também não se cansa de repetir que precisa de mais armas e,sobretudo, de pedir aos europeus e aos norte-americanos não o deixem cair.

“Precisamos de união entre os Estados Unidos e a União Europeia”, declarou. “Só juntos, podem travar Putin.”

Recados deixados num Conselho Europeu que é de estreia para António Costa na condução dos trabalhos. O novo presidente adianta, à SIC, que deverá ter uma cimeira com Donald Trump já em 2025.

“J á te m os o próximo ano de 2025 bastante preenchido , mas ainda há espaço , obviamente, para uma reunião com os E stados Unidos”, declarou.

Em Bruxelas, também, aconteceu um reencontro entre o ex-primeiro-ministro português e o atual.

"Já está ambientado a esta nova tarefa?”, foi a questão de Luís Montenegro para António Costa. “Já vi que sim”, diz logo de seguida.

Esta é agora uma reunião com dois portugueses à mesa e um novo método de trabalho. O Conselho Europeu passa a durar apenas um dia, em vez de dois. A hora do almoço é para discutir de forma livre sem necessidade de chegar a consensos. Desde logo, sobre o que fazer quando Trump tomar posse.

E, pela primeira vez desde 2012, os 27 chegaram a acordo sobre o texto final antes mesmo de a cimeira começar.

“E sse primeiro resultado conseguimos . O texto está aprovado e agora podemos dedicar o Conselho Europeu, sobretudo, a fazer aquilo que os líderes devem fazer, que é a discussão estratégica" , afirmou Costa.

As expectativas são elevadas. A questão é se consegue manter a mesma eficácia quando houver decisões difíceis para tomar.

As promessas a Kiev

Antes da reunião e da fotografia de família, nem sempre unida no que à Ucrânia diz respeito, António Costa falou do presente e de um futuro que se adivinha mais ou menos longínquo. Garantiu apoio europeu a Kiev "durante o tempo que for necessário" e insistiu que, um dia, espera ver a Ucrânia como membro da UE.

Já o presidente ucraniano disse querer uma Europa unida em torno da Ucrânia, mas afirmou também, de forma clara, que só o apoio dos 27 não é suficiente.