"Oitenta por cento da Faixa de Gaza são agora áreas de alto risco onde a população é forçada a fugir em busca do básico", disse Philippe Lazzarini nas redes sociais, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.
Lazzarini referia-se um mapa da Faixa de Gaza publicado pelo Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA).
"Eles [palestinianos de Gaza] estão encurralados sem nenhum lugar seguro para ir", afirmou o diretor da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês).
Lazzarini disse que a população do norte de Gaza está sob cerco há mais de 40 dias sem receber ajuda humanitária.
Israel e o Hamas estão em guerra na Faixa de Gaza desde que o grupo extremista palestiniano atacou solo israelita, em 07 de outubro de 2023, e causou mais de 1.200 mortos, além de ter feito 250 reféns.
De acordo com um relatório divulgado na quarta-feira pelo OCHA, entre 100.000 e 130.000 pessoas foram deslocadas desde 06 de outubro deste ano, o que aumentou a população deslocada na zona da cidade de Gaza de 250.000 para 375.000.
"Estima-se que 65.000 a 75.000 pessoas permaneçam no norte da Faixa de Gaza, o que corresponde a menos de 20% da população que aí se encontrava antes da intensificação das operações militares e do cerco", segundo a agência da ONU.
O exército israelita intensificou o cerco militar ao norte de Gaza há mais de um mês, de que resultaram mais de 2.000 mortos e cerca de 6.000 feridos, segundo dados do governo do enclave palestiniano governado pelo Hamas desde 2007.
Desde o início da ofensiva israelita, foram mortas mais de 44.000 pessoas na Faixa de Gaza, segundo um balanço atualizado hoje pelas autoridades locais.
Além das vítimas mortais, o governo do Hamas deu conta de mais de 100.000 feridos e cerca de 11.000 desaparecidos em mais de um ano de guerra.
PNG // SCA
Lusa/Fim