O incêndio, que deflagrou na quarta-feira, tem atualmente várias frentes ativas, danificou mais de 80 edifícios e obrigou à evacuação de zonas em redor da cidade de Ofunato, na região florestal de Iwate.

De acordo com a Agência de Resposta a Desastres e Incêndios japonesa(FDMA, na sigla em inglês), 1.200 hectares já foram devastados pelas chamas.

"Ainda estamos a tentar determinar a área afetada, mas é a maior desde 1992", garantiu hoje um porta-voz da FDMA à agência de notícias France-Presse.

Em 1992, um incêndio destruiu 1.030 hectares em Kushiro, em Hokkaido, no norte do país.

Cerca de 1.700 bombeiros foram mobilizados em todo o país para tentar extinguir as chamas, que continuam a alastrar, como mostram as imagens aéreas da emissora pública japonesa NHK.

A causa do incêndio ainda não é conhecida, mas acredita-se que tenha começado num barracão de trabalho e se tenha espalhado a partir daí para uma zona arborizada, onde as condições meteorológicas secas favoreceram a sua propagação.

Este é o terceiro incêndio numa semana a afetar as zonas costeiras do sul de Iwate, que estão em alerta para o tempo seco desde 18 de fevereiro.

O último incêndio na região de Iwate foi alimentado por "ventos fortes", disse na quarta-feira o presidente da Câmara de Ofunato, Kiyoshi Fuchigami.

Em 2023, o Japão sofreu cerca de 1.300 incêndios florestais, concentrados no período de fevereiro a abril, quando o ar se torna seco e os ventos aumentam.

O ano de 2024 foi também o mais quente já registado no Japão, de acordo com a agência meteorológica nacional, acompanhando o aumento de eventos extremos em todo o mundo devido às alterações climáticas.

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