As manifestações semanais tornaram-se mais críticas em relação ao Governo de Israel desde o início deste mês, quando as autoridades israelitas anunciaram que tinham sido encontrados os corpos de seis reféns no sul da Faixa da Gaza.

O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse na altura que os militantes do grupo extremista palestiniano tinham matado os seis reféns com um tiro na nuca.

Netanyahu criticou os dirigentes do Hamas por terem rejeitado as condições de uma eventual trégua e de um acordo de libertação dos reféns ao fim de quase um ano de guerra.

Mas os críticos de Netanyahu acreditam que deveria ser ele a fazer concessões para conseguir o regresso dos 97 reféns ainda detidos em Gaza, dos quais 33 já morreram segundo o exército.

Os críticos do primeiro-ministro israelita dizem também que este tenta acima de tudo manter-se no poder, apaziguando os elementos da extrema-direita da coligação governamental, que se opõem veementemente a qualquer acordo com o Hamas.

"Se civis e soldados foram abandonados à mercê de assassinos e violadores, não haverá redenção", afirmou o ator Lior Ashkenazi à multidão reunida em Telavive, a segunda maior cidade de Israel, relata a Agência France Presse.

Os reféns israelitas foram capturados no ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro do ano passado, que causou cerca de 1.200 mortos.

A manifestação de hoje aconteceu num momento em que as trocas de tiros entre o exercito israelita e o grupo xiita libanês Hezbollah no Líbano se tornaram mais frequente e intensas.

O Hezbollah tem atacado o norte de Israel a partir do sul do Líbano em apoio ao grupo extremista Hamas, que enfrenta uma ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza, onde foram mortas mais de 41.200 pessoas em 11 meses.

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