
A ministra da Administração Interna recusou hoje considerar demitir-se face à situação de incêndios florestais que assola o país, afirmando que não vai "trair o juramento de lealdade" que fez quando tomou posse.
"Há dois meses prestei um juramento. Foi um juramento de lealdade. Não vou trair o juramento de lealdade dois meses depois, apresentando a minha demissão ou pensando em demitir-me", disse Maria Lúcia Amaral, que hoje fez uma declaração sobre a situação de fogos florestais no território continental na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, Oeiras.
A ministra respondia assim a uma questão sobre se sentia ter as características necessárias para liderar a pasta da Administração Interna.
Maria Lúcia Amaral explicou ainda que não se deslocou ao terreno onde lavram os fogos por estar a seguir a "doutrina fixada em 2017".
"É uma doutrina pacífica desde aí, fazemos tudo para não prejudicar. E a ida ao terreno de autoridades, como as autoridades políticas, eu ou o senhor secretário de Estado da Proteção Civil, não se enquadraria dentro do princípio de jamais prejudicar", disse.
Maria Lúcia Amaral anunciou hoje na ANEPC a prorrogação da situação de alerta em todo o território continental até domingo, devido ao risco agravado de incêndio.