O líder do movimento britânico ultranacionalista e anti-imigração Liga de Defesa Inglesa (EDL), Tommy Robinson, foi hoje detido à chegada a Londres, proveniente de Portugal, para interrogatório num caso em que é suspeito de agressão, segundo a polícia.

Robinson, cujo nome verdadeiro é Stephen Yaxley-Lennon, foi detido no aeroporto de Luton, no norte de Londres, e era procurado "após ter saído do país com destino a Tenerife na manhã de 29 de julho, após o incidente em St. Pancras", estação de metro onde terá estado envolvido na agressão na véspera.

Imagens que se tornaram virais na Internet logo após o incidente mostram um homem inanimado no chão num corredor do metro, com Robinson agitado ao seu lado a dizer a um transeunte e a seguranças que foi "provocado", antes de se colocar em fuga.

Segundo a polícia, a detenção ocorreu em Luton ao final da tarde, após as autoridades britânicas terem recebido informações de que o suspeito estaria a "chegar num avião vindo de Faro", em Portugal.

Muito ativo nas redes sociais, onde é seguido por 1,4 milhões de pessoas, Robinson é acusado de ajudar a alimentar a onda de violentos protestos anti-imigrantes e islamófobos que abalaram o Reino Unido no verão de 2024.

Fundador da EDL, um grupo ultranacionalista com origem no movimento dos "hooligans", Robinson já foi condenado várias vezes, incluindo por ofensas à ordem pública, e foi detido em 2018 por desacatos em tribunal.

Deverá ser julgado em outubro de 2026 por se recusar a fornecer a palavra-passe do seu telemóvel, exigida pela polícia ao abrigo dos amplos poderes que lhe foram concedidos pela Lei Antiterrorismo de 2020.