
A candidatura do Juntos Pelo Povo (JPP) à presidência da Câmara de Machico defendeu esta quarta-feira, 3 de Setembro, mais apoio ao sector primário do concelho, com ênfase na agricultura.
Em nota emitida, o candidato Luís Martins lamenta que o "não tem sido devidamente tratado”, defendendo mais investimento "nos caminhos agrícolas".
"Ao longo do tempo muitos terrenos agrícolas foram abandonados e uma das principais causas foi a falta de acessos seguros, o que por sua vez contribuiu para o crescimento de uma floresta de infestantes, que em muitos casos já chega perto das habitações e é preciso agir para prevenir", expôs, lembrando que a agricultura, "além de ajudar no rendimento das famílias, tem também uma função na protecção das populações e do meio, serve de tampão/corta-fogo, em caso de incêndio".
Luís Martins enquadra o investimento na agricultura também na vertente paisagística: "Contribui duplamente para a nossa economia, ajuda na manutenção dos nossos socalcos de pedra, no verde da paisagem e por esta via para uma atividade inegavelmente com muitos proveitos para a Região, que é o turismo”, refere. “Não esquecer que a agricultura na Região significa também produtos mais frescos e de melhor qualidade, sem conservação nas redes de frio, redução da pegada ambiental e mais independência e segurança alimentar.”
A candidatura do JPP à Câmara Municipal de Machico propõe criar o Regulamento de Apoios Municipais, definindo um conjunto de ajudas aos agricultores, nomeadamente na aquisição ou construção de tanques de rega, nos produtos fitossanitários e combate a pragas/desratização e ainda ajudas a nível técnico, bem como facilitar o arranjo de terrenos e abrigos para a agricultura.
Uma autarquia JPP irá ainda diligenciar no sentido de, com os serviços regionais, juntar ao programa de atualização de cadastro, também o de atualização de registo, gratuito ou tendencialmente gratuito, para que terrenos agrícolas e florestais voltem a ser reaproveitados, pela motivação dos atuais proprietários que ao se sentirem donos de facto, (na posse e no papel) irão promover a atividade agrícola e a limpeza dos terrenos florestais com maior empenho e motivação. JPP
“No caso de os proprietários não poderem realizar estas atividades, estarão na posse dos instrumentos legais para proceder ao arrendamento das suas parcelas a outros agricultores que pretendam investir e aumentar a sua produção”, explica o candidato.
A construção de um novo mercado municipal é também um objectivo para receber os produtos de cada freguesia do concelho, agrícolas e do mar.
No fundo, vamos criar condições para incentivar quem pretenda ajudar a revitalizar o setor primário, com apoios e infraestruturas onde possam comercializar os produtos, os agricultores, mas também aos pescadores e pequenos comerciantes do pescado que queiram desenvolver a sua atividade nesse espaço. Luís Martins