
A Itália vai lançar ajuda humanitária sobre a faixa de Gaza, onde, segundo a ONU, a população está ameaçada de "fome generalizada", após 22 meses de guerra entre Israel e o Hamas.
"Dei luz verde a uma missão, envolvendo meios de terra do exército de terra e da força aérea, para transportar e lançar bens de primeira necessidade para os civis de Gaza", afirmou o ministro da Defesa, Guido Crosetto , em comunicado.
O ministério não especificou a natureza exata da ajuda, nem a quantidade, mas indica que as primeiras entregas podem ocorrer "a partir de 9 de agosto". Além disso, Itália está a planear "nos próximos dias" fretar um novo voo militar para retirar mais pacientes para a península, onde receberão os cuidados médicos necessários.
Vários países ocidentais, incluindo a França, a Espanha e o Reino Unido, decidiram nos últimos dias juntar-se a países do Médio Oriente e enviar ajuda por via aérea ao território palestiniano, que enfrenta uma crise humanitária dramática.
O chefe da agência da ONU para os refugiados palestinianos (Unrwa), Philippe Lazzarini, assegurou, no entanto, que estas entregas por via aérea não irão pôr fim "à fome que se agrava".
"São dispendiosas, ineficazes e podem até matar civis esfomeados", escreveu aquele responsável da ONU na rede social X.
O enviado especial do presidente americano Donald Trump no Médio Oriente deslocou-se esta sexta-feira a Gaza para "elaborar um plano" de ajuda aquele território.
A ONG Human Rights Watch (HRW) criticou o sistema de distribuição de ajuda colocado em prática por Israel e pelos Estados Unidos, através da Fundação Humanitária em Gaza (GHF), que se tornou, segundo a ONG internacional de defesa dos Direitos Humanos, numa "armadilha mortal" para os habitantes de Gaza.