O primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou hoje que o Governo português está a fazer um percurso seguro e consistente para que Portugal possa contribuir para uma solução para Palestina.

"Nós estamos a fazer um percurso paulatino, seguro, consistente, para podermos contribuir com a nossa decisão para uma solução, porque eu não quero chegar amanhã e levar uma medalha porque o Governo português reconheceu o Estado da Palestina. Não, eu quero é paz no Médio Oriente, eu quero paz entre Israel e a Palestina e quero a salvaguarda dos direitos humanos", afirmou Luís Montenegro.

Acrescentou ainda que "hoje, mais do que nunca", verifica-se um "claríssimo atropelo do direito internacional, do direito humanitário, nomeadamente em Gaza".

Em comunicado, o primeiro-ministro já tinha adiantado que vai ouvir o Presidente da República e os partidos políticos com representação parlamentar com vista a "considerar efetuar o reconhecimento do Estado palestiniano" na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro.

"O Governo decidiu promover a auscultação de sua Excelência o Senhor Presidente da República e dos Partidos Políticos com representação na Assembleia da República, com vista a considerar efetuar o reconhecimento do Estado palestiniano, num procedimento que possa ser concluído na semana de Alto Nível da 80.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, a ter lugar em Nova Iorque no próximo mês de Setembro", anunciou o gabinete do primeiro-ministro, em comunicado.

"Eu orgulho-me muito da diplomacia portuguesa ter um papel ativo no contexto das grandes decisões que, do ponto de vista das organizações internacionais, têm dado uma evolução positiva, nomeadamente de resolução de conflitos", afirmou Luís Montenegro em Valpaços, distrito de Vila Real, onde prestou declarações aos jornalistas após a inauguração do Centro de Relevância Alzheimer e Parkinson Portugal.