
O Ministério Público francês pediu, esta sexta-feira, que o futebolista Achraf Hakimi, do Paris Saint-Germain (PSG), vá a julgamento por alegada violação, ocorrida em 2023 e sempre negada pelo internacional marroquino.
Segundo a Procuradoria de Nanterre, "o Ministério Público submeteu hoje ao juiz de instrução responsável por este inquérito as requisições para envio para julgamento no tribunal criminal departamental de Hauts-de-Seine, sob acusação de violação. Cabe agora ao magistrado instrutor decidir no âmbito do seu despacho".
Se o juiz de instrução decidir enviar o caso para julgamento, o campeão da Europa pelo PSG pode incorrer numa pena até 15 anos de prisão.
O futebolista marroquino, de 26 anos, foi acusado de violação em março de 2023, por uma jovem de 24, que um mês antes se apresentou na polícia a relatar o caso, sem, no entanto, ter formalizado queixa.
Segundo fonte policial, a queixosa relatou que o futebolista a terá beijado e tocado intimamente, sem o seu consentimento, antes de a violar, indicando que depois acabou por conseguir contactar, via sms, com uma amiga, que a foi buscar ao local.
Futebolista conheceu a mulher através das redes sociais
Hakimi terá conhecido a mulher em janeiro de 2023 através do Instagram, tendo a mesma ido a sua casa num veículo requisitado pelo atleta.
A advogada do internacional marroquino entende que, "à luz dos elementos do processo", o pedido para que o caso vá para julgamento é "incompreensível e despropositado".
"Mantemo-nos, tal como Achraf Hakimi, tão serenos como no início do processo. Se estas requisições forem acolhidas, exerceremos obviamente todos os recursos legais", disse Fanny Colin.
Já a causídica da suposta vítima, revelou que a sua cliente "recebeu esta notícia com um alívio imenso".
Em janeiro, Hakimi deu uma entrevista na qual comentou que quem tem "sucesso" se torna um "alvo fácil", motivo pelo qual não confia "em muita gente" à sua volta.
Com Lusa