
As povoações de Meãs e Aradas, nordeste do concelho da Pampilhosa da Serra, distrito de Coimbra, estão ameaçadas por uma frente de fogo descontrolada com origem no incêndio de Arganil, disse à Lusa o presidente da Câmara, pelas 17:40.
A frente de fogo, que se mantinha ativa na manhã de hoje acima da aldeia das Meãs, mas relativamente controlada, intensificou-se e descontrolou-se já depois das 17:00, e está a pôr em perigo aquelas duas povoações, com poucos meios de combate no local, disse Jorge Custódio.
"Agravou-se muitíssimo. O vento mudou, ventos com grande velocidade, e neste momento tenho um fogo completamente descontrolado, a entrar para a povoação das Meãs e para a povoação de Aradas. Esta era uma povoação que não estava na linha de fogo e agora já está", salientou o presidente do município.
O incêndio evolui na freguesia de Unhais-o-Velho e a sede daquela autarquia, localizada a cerca de três quilómetros da frente de chamas, também está na linha de fogo.
Jorge Custódio frisou ainda que os meios de combate no local são muito poucos: "Há poucos meios aéreos e viaturas e homens muito poucos. Para a dimensão do fogo que está, não temos praticamente ninguém".
"Neste momento a dimensão está de tal maneira, e ele está de tal maneira descontrolado que já não há carros suficientes até para proteger as povoações", avisou o autarca.
O incêndio que começou na madrugada de quarta-feira, em Piódão (Arganil), estendeu-se, depois, aos concelhos de Oliveira do Hospital e Pampilhosa da Serra, também do distrito de Coimbra, bem como a Seia (Guarda) e Covilhã (Castelo Branco).
Pelas 17:50, de acordo com a página de Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, combatiam o incêndio de Arganil um total de 912 operacionais, apoiados por 306 viaturas e dez meios aéreos.