
O filho da princesa da Noruega Mette-Marit, Marius Borg Hoiby, foi acusado de 32 crimes, incluindo quatro violações, e pode ser condenado até 10 anos de prisão, anunciou hoje o procurador-geral da Noruega.
Além das quatro violações, Marius Borg Hoiby é acusado de maus-tratos em relações íntimas, atos de violência, violação da liberdade e de ter filmado e gravado vídeos sem consentimento, explicou o procurador-geral Sturla Henriksbo, numa conferência de imprensa.
"A pena máxima para os crimes mencionados na acusação é uma pena de prisão de até dez anos", sublinhou.
O procurador acrescentou que os atos perpetrados são "muito graves" e que "podem deixar marcas duradouras e destruir vidas".
Nascido de uma relação anterior ao casamento da mãe com o príncipe herdeiro Haakon, o filho mais velho de Mette-Marit foi detido a 04 de agosto de 2024, por suspeita de agressão à companheira.
Essa detenção desencadeou uma série de outras denúncias por parte de várias vítimas.
"O facto de Marius Borg Hoiby fazer parte da família real não deve, obviamente, significar que seja tratado com mais brandura ou mais severidade do que se atos semelhantes tivessem sido cometidos por outras pessoas", insistiu o procurador.
As quatro violações pelas quais Hoiby é acusado ocorreram em 2018, 2023 e 2024, com a última a ser perpetrada após o início da investigação policial.
O filho mais velho da princesa, de 28 anos, é especificamente suspeito de "uma violação com penetração" e "duas violações sem penetração", indicou a polícia.
De acordo com a lei norueguesa, o conceito de violação abrange também atos sexuais sem penetração, cometidos quando a vítima não consegue resistir.
Em 27 de junho, a advogada de Hoiby, Ellen Holager Andenaes, disse que o cliente rejeita as acusações de violação, adiantou a agência de notícias norueguesa Norsk Telegrambyra.
Marius Hoiby é também suspeito de conduta sexual criminosa, abuso em relacionamento íntimo e lesão corporal, além de danos intencionais, ameaças e infrações de trânsito, acrescentou a polícia.