A época balnear de 2025, que começou em maio, está a registar menos interdições de praias do que no mesmo período do ano passado. A conclusão é da associação ambientalista Zero.

Em comunicado, a associação revela que foi feita "uma avaliação dos resultados relativos à qualidade das águas balneares na presente época balnear" e "comparou com a situação verificada na época balnear passada de 2024".

No que toca a desaconselhamentos de banhos em Portugal continental, foram registados 34 até julho, mais três do que no ano passado, "21 dos quais devido a contaminação microbiológica, afetando um total de 27 águas balneares".

Já em relação a interdições a banhos, foram declaradas 17 pelas autoridades de saúde. "Praticamente metade do verificado no mesmo período em 2024, 14 por contaminação microbiológica e duas por presença de Salmonela, abrangendo um total de 16 praias, cerca de metade das 31 com problemas idênticos no ano passado", revela a Zero em comunicado.

A praia com maior número de situações de água imprópria para banhos foi a de Matosinhos "com três situações de desaconselhamento ou proibição de banhos e uma situação de interdição durante praticamente duas semanas".

A associação ambientalista faz ainda referência a dois casos que se verificaram recentemente: a descarga associada ao sistema de saneamento na praia da Nazaré que levou à "hospitalização de mais de 100 pessoas" e os desaconselhamentos verificados nas praias do concelho de Castro Marim.

"É um claro alerta para que as entidades responsáveis façam um maior esforço para evitar este tipo de riscos de contaminação de praias próximas."

A Zero diz que os episódios de poluição evitáveis e a deteção de problemas por mera coincidência merecem uma reflexão e sugere que a Agência Portuguesa do Ambiente e as autoridades de saúde devem melhorar a coordenação.