
Nos primeiros dez dias de agosto, 38 pessoas morreram com Covid-19 em Portugal, segundo os dados mais recentes publicados pela Direção-Geral da Saúde.O total de óbitos está a crescer no país, mas continua abaixo do registado nos últimos quatro anos.
As mortes quase duplicaram de mês para mês: oito em março, 17 em abril, 30 em maio, 58 em junho e 80 em julho. Entre 1 e 10 de agosto deste ano, foram 38 óbitos, contra 21 no mesmo intervalo do mês anterior. Em 2024 tinham sido registadas 50 mortes neste período, 51 em 2023, 98 em 2022 e 144 em 2021.
O dia 5 de agosto destacou-se como o mais mortal deste ano, com 11 óbitos, o número diário mais elevado desde 30 de julho de 2024.
Também o número de infeções confirmadas é o mais baixo para este período desde o início da pandemia: 973 casos entre 1 e 10 de agosto, contra 1 413 no mesmo período de 2024, 2 998 em 2023 e mais de 28 mil em 2022. Em agosto de 2020, havia registo de 1 893 casos — mas nessa altura o país vivia sob medidas restritivas, uso generalizado de máscara e testagem massiva, o que permitia identificar mais infeções, incluindo assintomáticas. Hoje, a testagem é mais limitada e direcionada a contextos clínicos, o que pode subestimar a circulação real do vírus.
Segundo a Direção-Geral da Saúde, citada pelo Correio da Manhã, a subida recente está relacionada com a deteção de novas linhagens da variante Ómicron em Portugal e no resto da Europa — incluindo a NB.1.8.1., a LP.8.1. e a XFG. Contudo, “estas linhagens não aparentam estar associadas a um aumento da gravidade da infeção face a outras linhagens”, sublinha a autoridade de saúde.