Com 200 militares do Exército e Marinha, a 7.ª Força Nacional Destacada para a Roménia despediu-se de Lisboa, tendo o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas destacado o compromisso nacional para a paz e segurança internacionais.

A cerimónia de despedida dos militares da 7.ª Força Nacional Destacada, Companhia de Atiradores Mecanizada, para a Roménia foi presidida ao final da tarde de hoje, em Lisboa, pelo Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), general José Nunes da Fonseca.

"Todos quisemos testemunhar esta cerimónia, plena de simbolismo, que representa um passo mais do compromisso nacional para a paz e a segurança internacionais (...) Com a projeção de forças militares, Portugal reafirma solidez e coerência no cumprimento dos compromissos assumidos", afirmou o general, segundo o discurso ao qual a agência Lusa teve acesso.

Estes compromissos, de acordo com o CEMGFA, "resultam da responsabilidade de agir e reagir, no contexto internacional atual, marcado por instabilidade crescente, ameaças híbridas e riscos transversais".

"No corrente ano foi planeado o empenhamento das nossas Forças Nacionais Destacadas em 43 missões, no espaço de quatro continentes, envolvendo cerca de 2.500 militares. Mulheres e homens em quem se deposita a maior confiança, porque invariavelmente caracterizados por determinação, profissionalismo, espírito solidário e dinamismo", referiu.

De acordo com o general José Nunes da Fonseca, "a agressão da Federação Russa contra a Ucrânia veio sublinhar a centralidade dos princípios fundadores da NATO" como é o caso da "coesão, prontidão e solidariedade".

"A resposta firme da Aliança, ancorada na defesa coletiva, reafirmou o seu papel de garante da integridade territorial e da segurança comum", enfatizou.

Segundo o comunicado do EMGFA, na sequência da invasão da Ucrânia, "a NATO deliberou reforçar a defesa da sua fronteira sudeste, através da missão 'enhanced Vigilance Activities' (eVA), para promover a coesão na proteção, a dissuasão de ameaças externas e, em caso de necessidade, a defesa dos membros da Aliança".

Esta 7.ª Força Nacional Destacada para Roménia, de acordo com o mesmo comunicado, "materializa o forte compromisso de Portugal" com a NATO.

A missão, com duração de seis meses, é composta "por aproximadamente 200 militares do Exército e da Marinha, tendo-se iniciado em 2022 com a presença militar portuguesa na Roménia".