No âmbito do mês do Coração, que se assinala durante o mês de maio, a Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) alerta para o impacto do enfarte agudo do miocárdio, quando adiado o seu tratamento. “Em Portugal, a incidência do enfarte agudo do miocárdio continua a ser elevada. Dor no peito que pode irradiar para o braço esquerdo ou costas, suores, náuseas, vómitos, falta de ar e sensação de desmaio são manifestações de alarme para o enfarte agudo do miocárdio. Não devem ignorar estes sintomas”, afirma Joana Delgado Silva, presidente da APIC,.

“Ao aumentarmos esta consciencialização pretendemos que os doentes estejam mais informados e capacitados para identificar os sintomas, ligar rapidamente o 112 e seguir as instruções que lhe forem dadas”, acrescenta.

De acordo com a responsável, “a Via Verde Coronária e os laboratórios de hemodinâmica, onde se efetuam os tratamentos do enfarte agudo do miocárdio, são seguros e funcionam durante 24 horas por dia, sete dias por semana”. “Trabalhamos todos os dias numa perspetiva de consciencialização para a prevenção e diagnóstico precoce das doenças coronárias. É importante promover o conhecimento e a compreensão sobre a doença coronária, principalmente do enfarte agudo do miocárdio, os seus fatores de risco e os seus sintomas, por forma a melhorar o acesso dos doentes ao melhor tratamento para a sua doença, reduzindo a taxa de morbilidade e mortalidade dos doentes coronários”, defende a especialista.

A campanha de consciencialização “Cada Segundo Conta” tem o apoio do INEM e da iniciativa Stent Save a Life, da APIC.

O enfarte agudo do miocárdio ocorre quando uma das artérias do coração fica obstruída, o que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes. Para evitar um enfarte é importante adotar um estilo de vida saudável: não fumar; reduzir o colesterol; controlar a tensão arterial e a diabetes; fazer uma alimentação saudável; praticar exercício físico; vigiar o peso e evitar o stress.

MJG

Notícia relacionada

Genética explica em parte tipo de enfarte que afeta sobretudo as mulheres