Para Fernando José Pereira, "o exílio não é um castigo mas um espaço privilegiado para a observação, reflexão e experimentação". O artista e ensaísta lembra como mudou a relação que temos com o tempo e se antes alguém que contemplava era visto como fraco e passivo, hoje fazê-lo é um sinal de saber o que é necessário para se melhorar. "Só há arte se houver tempo, só há reflexão se houver tempo e só há pensamento sobre a arte se houver tempo", simplifica.

Na plataforma cultural Umbigo.Space by Fundação MEO, mas também na criação artística ou na prática do montanhismo, Fernando vê na exterioridade o ponto de partida para chegar ao foco, perspetiva e distância crítica. É onde ganha o seu ponto de vista.

"Experimentar, começar algo que não sabemos como vai acabar... não há maior gozo do que este", defende ainda o artista, neste novo episódio do Ponto de Vista, a rubrica da Fundação MEO que mensalmente traz a palco entrevistas curtas e dinâmicas a "pessoas ligadas, de forma direta ou indireta, às iniciativas da Fundação, desde utilizadores das acessibilidades até parceiros institucionais ou membros da comunidade".

Numa conversa descontraída e rica, Fernando explica ainda porque acredita que todos ganharíamos em "desmodernizar um bocado a sociedade" e voltar a ganhar tempo para a contemplação, para as experiências, para a reflexão. Mesmo porque o tempo é essencial até para entendermos a realidade em que nos movemos. "Se não conhecermos o passado, se não houver memória", não poderemos nunca viver plenamente o real.

Conheça mais histórias com impacto neste novo episódio do o Ponto de Vista, o programa da Fundação MEO que nasceu para dar visibilidade a diferentes perspetivas de vida, nas quais muitas vezes a tecnologia é uma aliada de peso para ultrapassar condições que parecem ser limitações. Porque só conhecendo visões diversificadas se consegue ter um olhar real e pleno sobre o mundo.

Tendo já dado vida a iniciativas como uma mostra de cinema inclusivo, um programa que junta em casa jovens que procuram casa e pessoas mais velhas e sós ou a criação de uma rede que quer provocar uma transformação que se apoia na aproximação da tecnologia às pessoas com deficiência, a Fundação MEO quis pôr soluções tecnológicas ao serviço de quem delas pode tirar mais partido e ajudar a ultrapassar desafios e abrir as portas da sociedade a quem enfrenta limitações diárias. E agora, com o Ponto de Vista, dá mais um passo para a inclusão.

"Cada episódio será uma janela para uma realidade diferente, ajudando-nos a contar, com autenticidade, as histórias por trás de projetos como o Espaços com SentidoPartilha CasaCinema com Sentido, entre outros", explica a Fundação MEO, assumindo o objetivo de reforçar "uma Fundação mais próxima, atenta e representativa".

O quarto episódio já está disponível nas plataformas da Fundação e aqui, no SAPO e na app SAPO TV. Veja aqui o episódio anterior, que contou com a experiência de uma jovem de 80 anos que abriu a casa e a vida a uma universitária.