
O coordenador regional do ADN-Madeira, Miguel Pita, manifestou hoje "indignação" face à decisão do Governo Regional de suspender a emissão de novas licenças de TVDE até Janeiro, conforme noticiou hoje o JM, considerando que a medida visa apenas "proteger o sector do táxi" em detrimento da "liberdade de escolha dos consumidores".
"Esta medida, longe de defender o interesse superior dos madeirenses, tem como único objectivo proteger o sector do táxi, sacrificando a liberdade de escolha dos consumidores e o desenvolvimento equilibrado da mobilidade na Região", declarou Miguel Pita.
O responsável do ADN-Madeira acusa o Executivo de Albuquerque de aplicar critérios distintos consoante os sectores, criticando o facto de se restringir os TVDE enquanto se permite o crescimento "descontrolado" das empresas de rent-a-car.
"Enquanto trava o crescimento de uma alternativa moderna, regulada e segura, o Governo Regional mantém-se em silêncio perante o aumento descontrolado das viaturas de rent-a-car", afirmou Miguel Pita, sublinhando que este sector "tem crescido de forma exponencial, sem qualquer estudo técnico, planeamento ou avaliação séria dos impactos".
Segundo o coordenador regional do ADN, esta situação resulta em "mais veículos em circulação, conduzidos por pessoas sem conhecimento das especificidades das estradas madeirenses, mais estacionamentos ilegais e um desgaste crescente das nossas zonas naturais".
Miguel Pita considera "inaceitável a aplicação de dois pesos e duas medidas", criticando o facto de o Governo Regional dar prioridade à restrição dos TVDE - que "oferecem mobilidade inteligente e opção de escolha ao consumidor" - enquanto "os problemas reais provocados pelo crescimento desregulado dos rent-a-car são convenientemente ignorados".
O ADN-Madeira exige que "as políticas públicas de mobilidade sejam feitas a pensar nas pessoas e não em lobbies instalados", defendendo que "a Região precisa de soluções justas, equilibradas e sustentáveis, que garantam tanto a defesa dos consumidores como a preservação da qualidade de vida e do património natural dos madeirenses".