O governo de Donald Trump prossegue os seus ataques à Universidade de Harvard, abrindo um inquérito à manutenção da sua elegibilidade para participar em um programa de troca de visitantes.

O secretário de Estado, Marco Rubio, anunciou a abertura do inquérito, para ver se Harvard "está conforme com todas as regulamentações, em particular cumprindo os programas de uma maneira que não prejudique os objetivos da política externa ou não comprometam os interesses da segurança nacional dos EUA".

O inquérito do Departamento de Estado "vai permitir garantir que os programas (que patrocina) não vão contra os interesses da nossa nação", acrescentou, em comunicado.

Nesta foto de arquivo de 30 de agosto de 2012, um grupo de visitantes percorre o campus da Universidade de Harvard, em Cambridge, Massachusetts.
Nesta foto de arquivo de 30 de agosto de 2012, um grupo de visitantes percorre o campus da Universidade de Harvard, em Cambridge, Massachusetts. Elise Amendola / AP

Desde que regressou à Casa Branca, em janeiro, Donald Trump tem acusado esta universidade de não ter protegido suficientemente os estudantes judeus ou israelitas durante as manifestações no seu espaço que exigiam um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

O governo já congelou a Harvard mais de 2,6 mil milhões de dólares em subvenções federais e revogou a sua certificação ao principal sistema pelo qual os estudantes estrangeiros são autorizados a estudar nos EUA.

Sedeada nas proximidades de Boston, no Estado do Massachusetts, a universidade contestou estas decisões no tribunal, braço-de-ferro este que também serve de teste para outras instituições de ensino superior na mira de Trump, como Columbia, em Nova Iorque.

Na segunda-feira, quando se abriu a primeira audiência, em um tribunal federal local, Trump recorreu à sua rede social para acusar a universidade de ser "antissemita, anticristã e anti-América".

- Com Lusa