Desde 1980, 257 bombeiros perderam a vida em serviço, revelam dados da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP). O ano mais trágico foi 1985, com 19 mortos durante o combate a um incêndio florestal, seguido de 1986 (18) e 2005 (16). Em 2013 morreram dez bombeiros, enquanto 2019 foi o único ano sem registo de vítimas mortais, segundo o "Jornal de Notícias".

Só entre 2020 e 2025 já se contabilizam 21 óbitos, dois deles ocorridos este ano: um bombeiro de Odemira, em janeiro, e outro da Covilhã, no passado domingo, ambos em contexto de combate a fogos. No mesmo período, foram registados cerca de 240 feridos, dos quais 140 apenas nas últimas três semanas, maioritariamente por inalação de fumo, fraturas ou entorses.

A LBP alerta para a necessidade de interpretar os dados com cautela, sublinhando que muitos acidentes estão ligados a operações de emergência e nem sempre resultam de falhas humanas. O presidente da Liga, António Nunes, destacou que vários sinistros envolvem viaturas em terreno instável ou em marcha urgente para frentes de fogo.