A Unidade de Saúde Familiar de São Domingos, a zona mais populosa do concelho de Santarém, fez uso da rede social Facebook para apelar aos utentes que se façam acompanhar de água e vistam roupas frescas quando se deslocarem à unidade, uma vez que o ar condicionado continua inoperacional e o calor que se sente nas salas é abrasador.

“A Unidade de Saúde Familiar São Domingos informa que, apesar dos esforços desenvolvidos e das sucessivas comunicações dirigidas às entidades competentes, o sistema de climatização permanece inoperacional. Existem apenas aparelhos portáteis em alguns gabinetes, tendo sido solicitado com urgência a colocação de um aparelho na sala de espera, por forma a minimizar o problema”, lê-se na publicação assinada pela coordenadora da Unidade.

A publicação refere ainda que continuarão a ser evidenciados esforços para resolver definitivamente a avaria do sistema de climatização que está afeto a todo o edificio e cuja resolução não está no âmbito desta Unidade.

Esta situação não é recente e arrasta-se há vários anos, havendo relatos que remontam ao período pré-pandemia, em 2019. Médicos e enfermeiros chegaram mesmo a recorrer a fundos próprios para adquirir ventoinhas e ventiladores para conseguir suportar o calor abrasador que se sente dentro dos gabinetes.

Em declarações ao NS, o vice-presidente do Município de Santarém, Alfredo Amante, responsável pelo pelouro da Saúde, explicou que está já prevista a instalação de um ar condicionado fixo na sala de utentes. O autarca explicou ainda que foram entregues três ares condicionados portáteis para fazer face ao calor no edifício.

“O edifício tem 20 anos e o sistema de ar condicionado só funcionou nos primeiros quatro anos”, explicou Alfredo Amante, referindo que é um problema antigo e que ninguém o resolveu, mas que a autarquia está empenhada em resolver, embora assuma que as características do edifício “não permitam grandes mudanças estruturais”.

O NS contactou também a Unidade Local de Saúde da Lezíria do Tejo, responsável pela gestão da USF, sobre que medidas e intervenções estariam previstas para resolver este problema num curto espaço de tempo, mas até ao momento da publicação desta notícia não foi possível obter resposta.