
O concelho de Tábua dispõe, a partir de hoje, de um Parque de Recolha de Biomassa. O projeto “visa complementar toda a estratégia” ambiental que o Município tem vindo a delinear. Situado na vila de Tábua, num terreno de mil metros quadrados, o Parque representa um investimento de 40 mil euros.
A nova infraestrutura integra o projeto “Redes Regionais de Valorização da Biomassa Lenhosa”, desenvolvido em parceria com a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra e cofinanciado no âmbito da Agenda Transform, o qual visa a implementação de soluções inovadoras para a recolha e valorização de sobrantes florestais, agrícolas e a gestão de combustíveis.
Na inauguração do Parque, que decorreu na manhã desta segunda-feira (19), na presença de diversos agentes da Proteção Civil e do executivo municipal, Ricardo Cruz, presidente do Município, sublinhou que a implementação do projeto, para além de ajudar a “cuidar do ambiente”, também vai auxiliar na “prevenção de incêndios”.
De acordo com o autarca, este novo Parque está mais direcionado “para a parte dos domésticos, como resíduos do jardim e sobrantes que muitas vezes são utilizados para queimada”. Ricardo Cruz encara este espaço como uma “solução” até porque, a partir de junho, segundo uma deliberação da CIM Coimbra, estão proibidas as queimas e queimadas.
O presidente da autarquia sublinha que “tudo tem um propósito” e, por isso, sensibiliza quem pretenda ali deixar resíduos, sendo que poderão ser depositados apenas“os verdes e nada mais que os verdes, porque efetivamente o resto é proibido”.
Segundo o edil, futuramente o concelho contará com outro Parque de Biomassa “de maior dimensão” e “para outro tipo de resíduos”. Ficará em Catraia de Mouronho, “terá mais de 5 mil metros quadrados, com um investimento de mais de 110 mil euros”.
Na ocasião, Ricardo Cruz deu conta de várias medidas tomadas pelo Município na proteção de bens e pessoas. Adiantou que a autarquia “duplicou as Equipas de Intervenção Permanente nas duas operações de bombeiros, inaugurou o Centro Municipal de Proteção Civil, continuou a manutenção das faixas de gestão de combustível e fez candidaturas para os Condomínios de Aldeia”, como exemplificou.
O presidente recorda que em São João da Boa Vista, numa “estratégia com a Associação de Municípios do Planalto Beirão, já podiam ser depositadas algumas sobras também dos jardins num ecoponto municipal” e, em parceria com a CIM, junto ao Estádio Municipal, já existe um contentor para o mesmo fim.
“A ideia é que não se coloque estes resíduos ou estes sobrantes verdes nos contentores normais e que possam ser trazidos para aqui e depois sejam recolhidos por uma empresa”, explicou, destacando a importância da economia circular.
Ricardo Cruz apelou à “responsabilidade dos munícipes” para que “cumpram as regras do parque que é para todos”.