A Resialentejo, empresa intermunicipal responsável pela gestão de resíduos urbanos no Baixo Alentejo, instalou duas novas Unidades de Produção para Autoconsumo (UPAC) que permitem gerar eletricidade a partir de fontes renováveis.

Segundo a empresa, em junho de 2025, mais de metade da energia elétrica consumida na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) e na Central de Tratamento Mecânico e Biológico (CTMB) foi produzida pelos painéis solares instalados. No primeiro semestre, a UPAC da CTMB assegurou uma redução de 46% na fatura energética — cerca de 24 mil euros — e permitiu produzir 36% da energia consumida, equivalente a mais de 90 mil quilowatts.

A Resialentejo produz energia fotovoltaica desde 2020, registando uma média anual de cerca de um milhão de quilowatts, suficiente para abastecer aproximadamente 272 famílias ou pequenas empresas. Nos primeiros seis meses deste ano, a produção superou os 500 mil quilowatts.

A aposta na transição energética inclui também a modernização de infraestruturas, com a substituição total da iluminação interna e externa por tecnologia LED, e a renovação da frota ligeira, substituindo gradualmente viaturas a gasóleo por modelos elétricos ou híbridos. A empresa dispõe já de postos de carregamento nas suas instalações.

Ao nível da gestão de recursos hídricos, são reutilizados anualmente cerca de mil metros cúbicos de água tratada na ETAR, destinada a operações como a limpeza de pavimentos no Canil/Gatil Intermunicipal e a higienização de viaturas de recolha de ecopontos.

A Resialentejo implementou ainda um Plano de Gestão Florestal que inclui a plantação de uma cortina arbórea junto ao IP2 e de espécies como azinheiras e sobreiros, visando reduzir o impacto visual, criar sombra e contribuir para a captura de dióxido de carbono.

A empresa sublinha que estas iniciativas reforçam o seu papel na transição energética da região e contribuem para o cumprimento das metas ambientais definidas a nível nacional e europeu para os próximos anos.