A Polícia de Segurança Pública (PSP) reforçou durante o mês de julho as ações de fiscalização rodoviária em todo o país, numa ofensiva preventiva que resultou em 576 detenções por crimes rodoviários e 18.683 contraordenações, números que traduzem uma subida de 13% face ao período homólogo de 2024.

Entre os detidos, 309 foram apanhados a conduzir sob o efeito do álcool e 267 sem habilitação legal, revelando um acréscimo de 11 detenções em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os dados provisórios refletem uma atuação mais intensa da PSP, que fiscalizou 59.273 condutores e controlou 205.157 viaturas por radar em julho de 2025.

Apesar deste reforço, a sinistralidade apresentou ligeiras melhorias. Houve menos 52 acidentes, menos 17 feridos ligeiros e menos 16 feridos no total, comparando com julho de 2024. Ainda assim, aumentaram os feridos graves (68, mais um) e as vítimas mortais (seis, mais duas). Os acidentes fatais resultaram de dois atropelamentos, dois despistes e duas colisões, registados nos distritos de Lisboa, Porto, Setúbal e Aveiro.

A velocidade continua a liderar a lista de infrações: 3.721 condutores foram apanhados em excesso de velocidade, representando um aumento de 68% face a 2024. Esta infração corresponde a 20% do total de contraordenações, confirmando-se como um dos principais fatores de risco rodoviário.

No que toca à condução sob efeito do álcool, a PSP realizou 15.324 testes de alcoolemia, tendo instaurado 332 autos de contraordenação, dos quais 97 dirigidos a condutores sujeitos a taxa reduzida, como recém-encartados ou profissionais. Esta realidade preocupa a PSP, sobretudo pelo impacto que estas práticas têm na segurança rodoviária.

Outras infrações registadas incluem 1.771 por falta de inspeção obrigatória (+60), 691 por ausência de seguro (+168), 252 por não utilização do cinto de segurança (+53), e 57 por ausência de sistemas de retenção (+1). 520 condutores foram ainda apanhados a manusear o telemóvel durante a condução.

Apesar das melhorias parciais nos indicadores da sinistralidade, a PSP sublinha que o fator humano permanece a principal causa de acidentes, destacando que o cumprimento das regras de trânsito é decisivo para a segurança de todos os utentes das vias. Em contextos urbanos cada vez mais complexos, o comportamento dos condutores é determinante para evitar tragédias nas estradas.