
Unidades curriculares com ciência de dados e Inteligência Artificial em todas as licenciaturas fazem parte das propostas do presidente do Politécnico da Guarda.
Joaquim Brigas reivindicou ao próximo Governo uma nova residência estudantil no campus do IPG e uma nova Escola Superior de Saúde. O sucesso da política científica da instituição foi outro tópico do “Dia do IPG 2025”.
O presidente do Instituto Politécnico da Guarda — IPG, Joaquim Brigas, desafiou hoje os institutos politécnicos a digitalizarem mais o seu ensino e a criarem mais unidades curriculares de ciência de dados e de Inteligência Artificial (IA) transversais a todos os cursos.
“A ciência de dados – ou seja: a forma de encontrar e comprovar dados relevantes e fiáveis – é uma ferramenta que tem de ser tão transversal a todas as áreas do conhecimento como é hoje, por exemplo, o inglês”, afirmou Joaquim Brigas no discurso da cerimónia que assinalou o “Dia do IPG 2025”.
O presidente do Politécnico da Guarda defendeu também o aumento das competências de todos os alunos do ensino superior politécnico em Inteligência Artificial, uma vez que esta, com bons “briefings”, dá uma excelente resposta. “É para capacitar para os bons ‘briefings’ que, nos dias de hoje, é tão importante o ensino superior”, afirmou Joaquim Brigas.
“Só com ‘know-how’ e com sentido crítico é que os estudantes, ou os profissionais das diferentes áreas, podem ir aceitando ou recusando respostas e obtendo ajustes e melhoramentos aos resultados iniciais da IA”.
Segundo o presidente do IPG, é precisamente para transmitir esse “know-how” – e o sentido crítico necessário para rentabilizar a IA – que existe o ensino superior: é a nós – aos nossos docentes, investigadores e estudantes – que cabe pôr a Inteligência Artificial ao serviço da produtividade, e da qualidade, da investigação científica”.
IPG pode agora submeter cursos de doutoramento Joaquim Brigas defendeu a importância de “dois projetos prioritários para reforçar a capacidade de resposta e a atratividade do Politécnico da Guarda”: a construção de uma nova residência estudantil, capaz de acolher
mais estudantes de outras regiões do país e do estrangeiro; e a edificação de uma nova Escola Superior de Saúde, capaz de responder à sobrecarga das atuais instalações, que já se veem forçadas a funcionar em espaços dispersos.
“Estes projetos não se limitam a responder às necessidades do IPG, mas assumem-se como desígnios estratégicos para toda a comunidade do distrito da Guarda, contribuindo para o seu dinamismo, inovação e sustentabilidade demográfica”, afirmou Joaquim Brigas.
O presidente do Politécnico da Guarda aproveitou o “Dia do IPG” para assinalar os sucessos recentes da política científica da instituição.
“Nos últimos tempos, duplicamos o número de unidades de Investigação & Desenvolvimento com classificação positiva atribuída pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), que passaram de três para seis”, afirmou Joaquim Brigas.
“Entre estes centros, quatro obtiveram a classificação de “Muito Bom”, o que vai permitir a partir de agora submeter autonomamente à Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) propostas de cursos de doutoramento em Biotecnologia, bem como oferecer, em parceria com outras instituições, programas doutorais em Desporto, Engenharia Eletromecatrónica e Património, Artes e Restauro”.
Para o presidente do IPG, “este é um ponto de viragem na história do Politécnico da Guarda, que afirma de forma clara o seu papel ativo no sistema científico nacional e reforça o seu compromisso com a excelência científica, a internacionalização e o desenvolvimento do conhecimento como motor de inovação e progresso para a região e para o país”.
Na cerimónia que assinalou o “Dia do IPG 2025” estiveram presentes presidentes de vários institutos politécnicos, entre os quais a presidente da Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Maria José Fernandes.