
O presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Amaro, marcou uma reunião quase urgente esta quinta-feira, 31 de julho, com o presidente da Assembleia Municipal, José Carlos de Sousa, e com a líder da bancada do Partido Socialista, numa tentativa de inverter o sentido de voto que levou ao chumbo da proposta do novo Plano Diretor Municipal (PDM) de Palmela.
A proposta do PDM — um documento com mais de 600 páginas — foi reapresentada na última reunião pública do executivo, no dia 30, onde acabou por ser aprovada com os votos favoráveis da CDU, a abstenção do PS e os votos contra do MCCP e PSD. No entanto, a última palavra pertence à Assembleia Municipal, que já havia reprovado o documento anteriormente.
A reunião promovida por Amaro contou com técnicos da autarquia, contou ainda com a presença de membros do PS – presidente da Assembleia e líder da bancada do PS – maior força da oposição em Palmela, mas segundo apurou o Diário do Distrito, não conseguiu chegar a um consenso definitivo. Estão já agendados mais dois encontros para os dias 21 e 28 de agosto, para continuar o diálogo técnico e político sobre o PDM.
O presidente da Assembleia Municipal adiantou ao Diário do Distrito, que não será marcada nova sessão para votação do PDM antes do final das Festas das Vindimas, que terminam a 9 de setembro.
Na apresentação oficial das listas da CDU às autárquicas, o chumbo do PDM marcou o discurso de Álvaro Amaro. O autarca responsabilizou o PS pela paralisação de investimentos estruturantes, como a construção de uma nova escola básica 2/3 na freguesia da Quinta do Anjo, cuja viabilização depende da aprovação do novo plano urbanístico.
Com este cenário, o futuro do novo PDM continua envolto em incerteza, com o executivo comunista a procurar apoios para viabilizar um documento essencial ao desenvolvimento urbanístico do concelho.