O Alasca foi palco, esta sexta-feira, de uma reunião bilateral entre os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia. Donald Trump e Vladimir Putin classificaram o encontro como “construtivo” e “muito produtivo”, mas sem sinais de um acordo concreto.

Em conferência de imprensa após a reunião em Anchorage, Trump destacou que houve consenso em vários pontos, mas admitiu que persistem divergências sobre um tema considerado “o mais significativo”. O presidente norte-americano não detalhou qual, mas afirmou acreditar que “há boas hipóteses de lá chegar”.

“Não há acordo até haver um acordo”, declarou Trump, acrescentando que iria contactar de imediato o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e os líderes da NATO para partilhar os resultados da cimeira.

Vladimir Putin, por sua vez, reiterou estar empenhado em pôr fim à guerra na Ucrânia, sublinhando a necessidade de eliminar “as raízes primárias do conflito” e apelando à Ucrânia e à União Europeia para “não criarem obstáculos”. O líder russo aproveitou também para criticar o antigo presidente norte-americano, Joe Biden, afirmando que as relações bilaterais atingiram “um ponto muito baixo” nos últimos quatro anos.

Putin elogiou ainda Trump, chegando a afirmar que “se Trump fosse presidente dos EUA em 2022, não havia guerra”.

No final da conferência, sem espaço para perguntas dos jornalistas, Trump deixou em aberto a possibilidade de um novo encontro. “Provavelmente em breve”, disse o presidente norte-americano, ao que Putin respondeu: “Da próxima vez é em Moscovo”.