Populares e operacionais estão a travar uma “luta inglória” contra o incêndio que lavra desde sexta-feira no concelho do Sabugal, no distrito da Guarda, e tem uma frente com cerca de 10 quilómetros.

“A frente do fogo vai do Baraçal a Peroficós, são cerca de 10 quilómetros. O problema é que não temos visibilidade nenhuma e não sabemos por onde anda o incêndio”, declarou Vítor Proença, presidente da Câmara do Sabugal, à agência Lusa.

Na zona sul do concelho raiano do distrito da Guarda há, esta manhã, outra frente ativa que está a aproximar-se da localidade de Bendada e que é motivo de preocupação.

“A situação é mais complicada porque as chamas estão a avançar com força para a Bendada e para a Quinta do Clérigo, uma anexa da freguesia de Águas Belas”, afirmou o edil sabugalense.
Vítor Proença volta a lamentar a falta de meios no teatro de operações.

“Estão 160 homens a combater as chamas no Baraçal, mais 64 na zona da Bendada. Precisávamos do dobro, no mínimo”, disse.

Há ainda um meio aéreo a atuar em cada frente.

A chegar ao Sabugal está também um reforço da Unidade de Emergência Proteção e Socorro (UEPS) da GNR com 30 homens.

“A população tem sido inexcedível, com autotanques, tratores e a sua disponibilidade para ajudar no combate às chamas”, elogiou o presidente da Câmara do Sabugal.

De acordo com o autarca, a Estrada Nacional (EN) 233 está cortada ao trânsito entre o alto do Baraçal e Rocamonde.

O fogo que está atualmente na zona do Baraçal começou na Aldeia de Santo António, na sexta-feira, pelas 14:41, e mobiliza 212 operacionais e 59 veículos, segundo o ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Na ocorrência de Sortelha, que começou às 14:53 de sábado, estão empenhados 64 homens, 15 viaturas e um meio aéreo.
(12h50)

Fonte: Lusa