Um homem de 45 anos, operacional da Afocelca (empresa de proteção florestal detida pelos grupos do setor da celulose Altri e Navigator), encontra-se em estado “muito instável” após ter sofrido queimaduras em 75% da superfície corporal durante o combate a um incêndio no concelho do Sabugal, na terça-feira.

Segundo fonte do Hospital de São João, no Porto, onde foi internado após estabilização no local e transporte por helicóptero do INEM, a situação clínica da vítima é considerada grave e encontra-se agravada pelas comorbidades pré-existentes.

Além deste caso, registaram-se outros feridos graves na sequência dos incêndios que têm devastado o país nas últimas semanas:

  • Um bombeiro que sofreu ferimentos num acidente com um carro de bombeiros na Covilhã, que provocou também uma vítima mortal, encontra-se estabilizado após cirurgia, de acordo com fonte do Hospital de Coimbra.

  • No mesmo hospital está ainda internado, em estado grave e com “prognóstico reservado”, um enfermeiro que ficou ferido quando tentava auxiliar populares no combate às chamas em Vila Franca do Deão (Guarda). Esse incêndio provocou também a morte do ex-autarca da freguesia.

Os incêndios rurais têm marcado fortemente o verão em Portugal continental, sobretudo nas regiões Norte e Centro, com a destruição de habitações, explorações agrícolas, pecuárias e vastas áreas florestais.

Desde julho, os fogos provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns em estado grave. Até 20 de agosto, arderam já mais de 222 mil hectares, superando a área ardida em todo o ano de 2024, segundo dados oficiais provisórios.

Para reforçar os meios de combate, Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, através do qual chegaram ao país dois aviões Fire Boss.