
Portugal continua a enfrentar uma grave onda de incêndios florestais, com múltiplos focos ativos no território continental. As regiões mais afetadas incluem Covilhã, Sabugal, Trancoso, Sátão e Viseu, com operações de combate intensivas e alertas à população para manter-se em segurança.
Covilhã / Fundão
A situação em Covilhã permanece fora de controlo, com frentes de fogo aproximando-se do Fundão. O estado de prontidão especial foi prolongado até quarta-feira, enquanto a população é alertada para permanecer segura ou confinada.
No domingo à noite, um bombeiro da corporação da Covilhã faleceu num acidente de viação enquanto se dirigia para combater um incêndio no Fundão, e quatro outros bombeiros ficaram feridos, um deles em estado grave.
Sabugal
No Sabugal, o combate às chamas tem sido dificultado pelo vento e pela visibilidade limitada devido ao fumo. Quatro aviões Canadair atuaram no local, evitando que o fogo atingisse Rapoula do Côa, que chegou a ficar cercada. Segundo o presidente da Câmara, Vítor Proença, o incêndio ainda não está controlado, com frentes que já atingiram aldeias como Vale das Éguas, Ruvina, Ruivós, Nave e Valongo do Côa, com condições particularmente complicadas em A Bendada.
Trancoso e Sátão (Viseu / Guarda)
As chamas nestas regiões continuam incontroláveis, com três frentes ativas e muito extensas — uma delas com mais de 20 km de frente. As áreas mais críticas incluem Penedono e São João da Pesqueira, onde a intensidade do fogo é elevada. Atualmente, 1.368 operacionais, 461 veículos e vários meios aéreos permanecem envolvidos no combate.
Viseu
No incêndio de Vila Chã de Sá, no concelho de Viseu, três frentes continuam ativas. Uma delas, em direção a Rebordinho, já está a ceder, mas as outras duas — voltadas para a EN231-1 (nascente) e para a estrada de Passos de Silgueiros (poente) — mantêm-se ativas.
Panorama Nacional
Ao início desta segunda-feira, existiam cinco grandes incêndios ativos em Portugal continental, com destaque para o de Arganil, considerado o mais grave. No total, quase 5.000 operacionais estão mobilizados em todo o país para enfrentar a emergência.
As autoridades apelam à população para seguir as instruções de segurança e acompanhar as atualizações através dos canais oficiais, enquanto os bombeiros continuam a enfrentar condições extremamente difíceis para proteger as comunidades e o território afetado.