Perante a iminência de mais de 120 trabalhadores serem despedidos e cerca de 250 serem colocados em regime de lay-off na Coindu, o Partido Comunista Português dirigiu várias perguntas ao Governo. Os comunistas querem saber se a tutela tem conhecimento desta situação, qual a sua posição quanto ao facto da empresa de Joane «continuar a receber dinheiros públicos, por exemplo no âmbito do PRR, e ao mesmo tempo avançar com processos de despedimentos e lay-off» e o que vai fazer «para defender os postos de trabalho afetados e os direitos dos trabalhadores».

A Coindu, Componentes Para A Indústria Automóvel S.A, fundada em 1988, dedica-se à produção de capas para assentos de automóveis, sendo que na unidade instalada na vila joanense emprega mais de mil trabalhadores.

O PCP relata que segundo consta do Portal Mais Transparência e apenas âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, a empresa beneficiou de um projeto financiado pelo Banco Nacional de Fomento relativo à fabricação de outros componentes e acessórios para veículos a motor, no valor total de 3 910 000,00 de euros, com data prevista de conclusão a 31 de dezembro deste ano.

A Coindu diz não ter alternativa nesta fase difícil que o setor automóvel atravessa na Europa. Esta informação é divulgada pela SIC, que cita um comunicado da empresa. No documento, a Coindu assegura que tentou, desde o início do ano, dispensar trabalhadores a receber por inteiro em casa, mas a falta de encomendas forçou o lay-off e despedimento coletivo para tentar manter a viabilidade do negócio.