
As Marchas da Escravilheira voltaram a sair à rua para celebrar o São João pela cidade de Oliveira de Azeméis.
“As Marchas da Escravilheira, não são só para a comunidade local, mais de metade dos participantes da marcha não vivem na Escravilheira”, defenderam António Dias, presidente da direção da ARCE, e Feliciano Bastos, tesoureiro da mesma associação, dias antes da realização do evento que atraiu as atenções da população oliveirense.
O São João da Escravilheira é uma celebração que remonta a 1983, ano em que um grupo de jovens pensou em fazer uma festa para celebrar este dia. Juntou-se uma equipa de pessoas idosas que compuseram letras e versos de músicas, idealizaram uma indumentária feita de papel e saíram à rua para celebrar o São João.
Depois desta celebração se enraizar na comunidade local, foi altura de começar a melhorar os arcos e os fardamentos. Naquela altura chegaram a ter a participar uma marcha de pessoas adultas e uma marcha de crianças desde os seis anos para cima. As marchas foram realizadas até ao ano de 2006 e no ano a seguir, tiveram um interregno. No ano de 2024, as marchas regressaram e, aos poucos, a organização tem tentado trazer mais visitantes para as celebrações deste dia.
Este ano, a Associação Cultural e Recreativa da Escravilheira (ARCE) voltou a sair à rua com as marchas populares, no dia 21 de junho. Saíram do jardim público em direção ao lugar da Escravilheira.
Na chegada à sede fizeram a coreografia final e a festa continou com a atuação da banda “Menta Freska”, que foi responsável por animar os marchantes e todos os visitantes.
Esta festividade, além de unir a comunidade e celebrar o São João, tem como propósito angariar fundos para a associação. “Por pouco que pareça, está algum dinheiro envolvido, porque os fardamentos, os adereços e todas estas situações, envolvem algum dinheiro”, adianta o presidente da ARCE.
Apesar de este ser um evento realizado já há muitos anos, o interregno de 2006 fez com que houvesse uma quebra na participação, fazendo com este festejo perdesse muitos visitantes: “Agora não é fácil voltar a ativar isto e criar hábitos na população, porque passaram-se muitos anos e as pessoas começaram a deixar de saber que existia a festa da Escravilheira.
Agora estamos a retomar novamente as tradições da festa da Escravilheira”, sublinhou Feliciano Bastos.
Este ano, durante o percurso das Marchas, estiveram alguns elemetos da ARCE dedicados à recolha de fundos. A sede da ARCE está a necessitar de manutenção e todos os fundos angariados serão uma mais-valia para dar continuidade ao trabalho e aos projetos futuros.
Com este evento, a associação com sede na Escravilheira tem também como "propósito mostrar às pessoas que a ARCE está de novo ativa”, acrescenta Feliciano Bastos.
