Em ano Jubilar, a Procissão em Honra de Nossa Senhora do Castelo, que decorreu esta sexta-feira, 15 de agosto, em Coruche, revestiu-se de grande simbolismo.

Engrandecida pela presença do Arcebispo de Évora, D. José Senra Coelho, a Procissão de Coruche retomou este ano a remota tradição dos “anjinhos” , com cerca de 30 crianças e jovens a aceitarem o desafio lançado pela Irmandade de Nossa Senhora do Castelo e recriarem o ambiente vivido em tempos idos, onde eram centenas as representações humanas de figuras bíblicas.

As ruas do centro histórico de Coruche encheram-se de fé e foram milhares aqueles que em devoção a Nossa Senhora do Castelo realizaram o percurso numa tarde bastante quente.

As cerimónias religiosas terminaram com a bênção dos campos e bens do concelho de Coruche.

“O Santuário da Senhora do Castelo é um dos santuários de peregrinação onde podemos celebrar a esperança renovada em nossa vida”, referiu D. José Senra Coelho, que numa mensagem de fé e esperança, deixou uma palavra à Irmandade de Nossa Senhora do Castelo e a todos os que possibilitaram a realização desta cerimónia especial.

O Juiz da Irmandade de Nossa Senhora do Castelo, que organiza os eventos religiosos das festividades, Rafael Dias, referiu ser “curioso” o facto das pessoas terem entendido a mensagem deste ser um “ano santo, um ano jubilar”, considerando que isso se refletiu na Procissão.

“Fizemos algumas alterações para tornar a procissão mais organizada, mais bonita, para que as pessoas que estão dentro da procissão também sejam mais envolvidas na procissão”, destacou, bem como considerou bastante importante a presença do Arcebispo de Évora na peregrinação, algo que “enriqueceu muito a procissão”, “não só pelas suas palavras, mas também pela sua presença”.

As crianças vestidas de anjinho deram “um maior simbolismo, uma maior solenidade à procissão”, considerou Rafael Dias.

Em final de ano de trabalho, a Irmandade de Nossa Senhora do Castelo, pretende agora conseguir atrais “pessoas mais jovens” para os órgãos sociais, com o objetivo de “reverter a quebra de participação das pessoas na atividade religiosa”.