
A ESSNorte da Cruz Vermelha debateu a violência contra a pessoa idosa em colóquio enquadrado numa unidade curricular da licenciatura em Enfermagem.
O dia da consciencialização da violência contra a pessoa idosa celebrou-se no dia 5 de junho e a Escola Superior de Saúde Norte da Cruz Vermelha Portuguesa organizou, na tarde do dia 7 de junho, no seu auditório, o colóquio “Violência Contra a Pessoa Idosa: Ver, Ouvir, Agir”. A iniciativa foi enquadrada numa unidade curricular sobre a promoção do autocuidado do idoso, potenciando o debate sobre uma problemática na sociedade que conta com números alarmantes.
Esta iniciativa abriu com a participação da GNR de Oliveira de Azeméis, que deu conta do papel desta força de segurança na proteção da população idosa. Ana Santos, da Universidade de Aveiro, interveio num quadro especialmente importante, o da identificação de pessoas idosas em risco de maus-tratos.
Neste colóquio ficou desmistificada a ideia de que a violência contra os idosos é a apenas física. “Não podemos falar apenas de violência física, estamos também a falar de violência psicológica, negligência por falta de formação e de conhecimento dos cuidadores. Precisamos de desmistificar que a violência contra a pessoa idosa não é só física, mas que existem outros níveis de violência para os quais é importante que a população esteja alerta e permita assim identificar e puder encaminhar para as entidades competentes”, sublinha, ao Correio de Azeméis, João Ventura, professor da Escola Superior de Saúde Norte da Cruz Vermelha Portuguesa, moderador do colóquio.
“Este colóquio é uma forma de debater e é uma forma também de sensibilizar os nossos alunos para esta problemática que é muito importante e cada vez mais frequente, independentemente da idade, embora as pessoas mais idosas sejam mais vulneráveis e, por essa razão, o risco é maior por essa razão. Mas é um problema transversal da nossa sociedade”, afirma o Enf.º Henrique Pereira, presidente do Conselho de Administração da Escola Superior de Saúde Norte da Cruz Vermelha Portuguesa.
“Obviamente que atendemos a esta problemática e começamos a discuti-la com a camada mais jovem, que é a mais promissora sob o ponto de vista da promoção e prevenção desta problemática”, acrescenta o responsável.
