O encerramento sucessivo de balcões acompanha a digitalização do setor e a generalização do ‘homebanking’, que já chega a 17,5 milhões de contas à ordem em Portugal. Com a maioria das operações a poder ser feita pela Internet, desde transferências a pagamentos, os bancos reduzem o atendimento presencial e a impor custos adicionais em levantamentos ou outros serviços ao balcão.

A tendência tem reflexo direto no emprego: desde 2020, o setor perdeu 3579 trabalhadores, um retrato do encolhimento que atravessa o sistema financeiro nacional.

Lisboa continua a ser o concelho com maior número de agências (295), seguido pelo Porto (121), Sintra (65), Cascais (57) e Oeiras (51). No lado oposto, há territórios que contam apenas com um balcão, como Barrancos, Vila Velha de Ródão, Constância, Vila Nova da Barquinha, Lajes das Flores e Ponta do Sol.

A redução da rede física tem gerado desigualdades no acesso, sobretudo em zonas do interior e regiões insulares, onde o banco continua a ser um dos poucos serviços públicos acessíveis.