O problema das infestações de baratas tem sido um flagelo na região da Lezíria do Tejo, especialmente durante os meses mais quentes do ano. Santarém é uma das cidades mais afetadas por esta praga, já que é também uma das zonas com maior concentração populacional da Lezíria. Esta praga está a preocupar moradores e comerciantes, que se enfrentam dificuldades em combater, com meios próprios, estes animais que para além de serem transmissores de doenças como gastroentrite ou eczema, constituem uma violação sanitária que pode ser pesadamente sancionada pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica em caso de inspeção a um estabelecimento comercial.

A empresa municipal Águas de Santarém (AS), responsável pelas infraestruturas e condutas de abastecimento de água e saneamento público explicou ao NS que “a presença de baratas, especialmente durante os meses mais quentes, está frequentemente associada a condições ambientais favoráveis à sua reprodução, como o calor e a humidade. Não é um problema de Santarém ou da região, mas sim um problema de âmbito global”.

A AS garante que as condutas são alvo de manutenção regular mas que a proliferação deste tipo de insetos é comum ocorrer em sítios de maior densidade populacional, onde também é comum uma maior acumulação de resíduos, como é o caso do Centro Histórico da cidade ou da zona de São Domingos. A empresa aponta ainda como uma das causalidades da infestação de baratas as “situações de insalubridade existentes em propriedades privadas”.

A empresa afirma ter contratado um serviço de desinfestação de ratos e baratas que tem feito intervenções regulares em todo o sistema de coletores de saneamento, especialmente nas zonas mais críticas (Centro Histórico e São Domingos), onde se realizam intervenções mensais durante o todo o ano e, especialmente na altura do verão, onde o problema se acentua mais devido ao clima criar condições propícias à reprodução das baratas, em que as intervenções são semanais e sempre que são reportadas situações de infestações.

“A empresa mantém um compromisso contínuo com a sustentabilidade e a qualidade dos serviços prestados, pelo que, além dos investimentos em infraestruturas, a AS irá continuar a monitorizar e reforçar os tratamentos nas zonas mais problemáticas, garantindo uma resposta eficaz e preventiva face a novas ocorrências, que tem constituído preocupação constante, com a procura dos melhores métodos disponíveis no mercado”, garante a empresa em declarações ao NS.