A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) anunciou esta segunda-feira que vai acompanhar a avaliação dos cinco hospitais envolvidos na assistência prestada a uma grávida de 40 semanas que perdeu o bebé após o nascimento.

A IGAS indica, em comunicado, que as unidades hospitalares "estão a avaliar a situação, no âmbito das competências dos respetivos órgãos de gestão".

A IGAS "acompanhará essa avaliação, até à sua conclusão, embora sem proceder à instauração de uma ação inspetiva", sustenta.

O organismo refere ainda que disponibiliza aos hospitais o apoio "necessário na realização das avaliações internas".

Em causa está o caso de uma mulher que terá sido atendida em cinco unidades hospitalares em 13 dias, referindo queixas de dores, tendo o parto sido realizado na unidade local de saúde (ULS) de Santa Maria, em Lisboa, em 22 junho, onde, "pouco tempo depois, a recém-nascida morreu".

No domingo, o Correio da Manhã adiantou que em 10 de junho a mulher foi encaminhada pelo SNS24 para a urgência de ginecologia e obstetrícia do Hospital de Setúbal, onde terão garantido que o bebé se encontrava bem.

Seis dias depois, a grávida, de 37 anos, voltou a sentir dores e foi atendida no Hospital do Barreiro, no distrito de Setúbal, onde terá recebido indicação para ir para casa.

A grávida voltou a sentir-se mal, três dias depois, e deslocou-se ao Hospital Garcia de Orta, em Almada (Setúbal), onde não foi detetado qualquer problema.

Passadas 48 horas, a Linha SNS 24 terá encaminhado a mulher para o Hospital de Cascais, onde lhe terá sido dito não haver vaga para internamento.

Recusando regressar a casa, a mulher foi transportada de ambulância para a ULS Santa Maria, onde foi feita uma cesariana de emergência.

A recém-nascida nasceu com 4,5 quilogramas, com batimentos cardíacos fracos e sinais de sofrimento fetal. A bebé, apesar das manobras de reanimação, não resistiu.

Com Lusa