Joana Amaral Dias foi a mais recente convidada do programa das tardes da SIC, Júlia. A psicóloga, que está a concorrer à presidência da República portuguesa, esteve à conversa com Júlia Pinheiro, esta terça-feira, 14 de janeiro, cinco anos depois da última vez que o fez.
Durante este tempo, a vida da ex-deputada do Bloco de Esquerda - que quase foi eleita pelo partido ADN no ano passado, 2024 - viu muita coisa mudar, principalmente quando perdeu o seu pai, Carlos Amaral Dias, a 3 de dezembro de 2019.
A também comentadora política recordou a "negligência" médica da qual o seu progenitor foi alvo, depois de ter entrado numa crime e os meios socorristas terem sido chamados de emergência. "O meu pai sentiu-se mal [e] a assistente dele estava em casa, chamou uma ambulância. O meu pai morava no centro de Lisboa, mais central é impossível, há uma série de hospitais pertissimo... [Mas] a verdade é que essa primeira ambulância veio com 40 minutos de atraso e depois veio sem equipamentos de suporte de vida, veio sem técnicos com formação. Não sabiam sequer conduzir uma ambulância. O primeiro socorro falha", disse.
Joana Amaral Dias referiu a Júlia Pinheiro que o trabalho dos meios de urgência foi de "uma incompetência, um amadorismo". "Vem a segunda ambulância e chega cadáver ao hospital, já não têm resposta. Isto decorrem duas horas, de um paciente que estava em crise e que tinha várias patologias associadas", contou.
A morte do médico psiquiátrico e professor catedrático, aos 73 anos - de quem a filha só tem "recordações boas" - só agora vai ser avaliada em tribunal. "Temos de voltar a escarafunchar nesta ferida todas, com pormenores macabros, sórdidos", confessou Joana Amaral Dias, que revelou que só quer deixar o pai "descansar em paz".