O nome dispensa apresentações. O público está a vê-la como Isaura, na novela A Promessa e a atriz faz um balanço positivo deste projeto. “Foi um desafio valente, porque era um papel que não tinha, assim, muita importância e eu acabei por enriquecê-la sem conseguir arranjar modelo nenhum. Veio muito de dentro de mim aquela personagem. A cuidadora, aquela que não dá muito nas vistas, mas acaba por estar sempre lá a organizar a família, a unir as pessoas, a apaziguadora. Eu gostei muito de fazer a Isaura. Tenho muita ternura por aquela personagem que eu construí.”

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Além da novela, Rita Ribeiro estreou agora o seu monólogo Rita. “Fala principalmente sobre a vida de todos nós, não é só sobre a minha vida. Foi só um pretexto para eu poder falar sobre a vida em geral. Sobre os atores, principalmente os atores de teatro, porque eu sou filha de atores de teatro, não é? Os meus pais fizeram cinema, fizeram televisão, mas fizeram muito teatro e foi onde eu passei a minha infância. Nos bastidores, nas conversas com os colegas, que eu adorava estar ao pé deles, os atores têm uma vibração sempre muito interessante e eu acho que isso foi o que me apaixonou muito por esta carreira”, partilha, adiantando que: “Este espetáculo fala de superarmos a vida, os desafios da vida, de termos coragem e de estarmos em paz depois de um percurso tão longo como o meu e continuar com entusiasmo para continuar, que isso ainda é mais interessante. Toda a gente devia ver porque é uma partilha, eu desnudo-me neste espetáculo de todas as maneiras. Acabo a peça despida, a ideia nasceu de um sonho que eu tive em que eu tirava imensos casacos e não me encontrava. Na peça vou-me despindo e sinto-me completamente à vontade. Não tenho problema nenhum com a nudez.”

“O meu coração está aberto ao amor”

A música continua a ser outra das suas paixões. “Sem dúvida. Eu continuo a cantar, continuo a fazer concertos, e eu estreei o Godspell em novembro de 75, portanto, é em novembro que eu faço os 50 anos de carreira. Portanto, estas celebrações começaram já há dois anos. Ando sempre em festa. Mas isso é bom, celebrar é bom, celebrar a vida é uma coisa tão boa, tão bonita, tão sagrada, que nós devemos mesmo celebrar. Só o acordar já é uma celebração, não é? E respirar.” Em 50 anos de carreira não esconde que mudou bastante. “Mudou muita coisa. Há uma simplicidade na minha vida hoje em dia, há uma serenidade, há uma sabedoria, há vontade de dizer não quando me apetece, não ando aqui para agradar aos outros, não faço fretes. Eu priorizo-me a tudo, sempre. A minha grande prioridade na vida sou eu.”

Apesar de estar solteira e viver sozinha há 20 anos, afiança que não fechou as portas ao amor. “Não, não está nada fechado, eu estou de coração completamente aberto para o amor. E se um dia ele se cruzar comigo, eu vou saber que é essa pessoa. O meu coração está aberto ao amor. A vida para mim só faz sentido se tiver amor. A minha religião é o amor. É o amor e acreditar no mistério da vida. E o mistério tem muita coisa que se lhe diga. E acredito com muita fé e muita confiança no mistério da vida.”

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Leia a entrevista completa na edição da TV7 Dias em banca.

TV 7 DIAS

Texto: Neuza Silva (neuza.silva@impala.pt)Fotos: Redes sociais, Impala