Francisco Pedro Balsemão foi o entrevistado do programa Alta Definição, da SIC, este sábado, 5 de outubro. Numa conversa intimista com Daniel Oliveira, o CEO do grupo Impresa deu a conhecer melhor o seu lado pessoal e falou sobre os três filhos, Francisca, Xavier e Henrique.

“Tenho a sorte de ter acompanhado sempre os meus filhos desde o primeiro dia. Não perco uma peça de teatro, um recital, um jogo de ténis e as festas de Natal. Até agora, não perdi nenhuma”, começou por referir.

Para Francisco Pedro Balsemão ser pai “é um bocado como ser adepto de um clube”. “Sofro com eles, mas sou um adepto fervoroso dos meus filhos e vibro muito mais com aquilo que eles me dão no dia a dia. Portanto, sempre fui um pai galinha”, notou.

O CEO do grupo Impresa assumiu ainda que aprende muito com os filhos no dia a dia. “As perguntas que eles fazem põe-nos a pensar (…) Eles apanham tudo”, acrescentou.

Francisco Pedro Balsemão
Francisco Pedro Balsemão SIC

As preocupações enquanto pai

Olhando para o atual mundo em que vivemos, Francisco Pedro Balsemão confessou que uma das suas maiores preocupações enquanto pai se prende com a relação que os jovens têm com as redes sociais.

Aqueles jantares que tu vês num restaurante, onde a mãe, o filho e os pais estão todos agarrados a um telemóvel, não é saudável. Não sou fundamentalista, porque acho que os telemóveis e as redes sociais têm a sua utilidade, mas estava a falar das redes sociais porque, muitas vezes, as pessoas estão agarradas ao telemóvel num 'scroll' infinito no Instagram ou no TikTok. Preocupa-me a forma como as crianças se podem tornar acéfalas e não só as crianças. Acho que há muitos adultos que fazem aquilo e o cérebro desliga-se, e eu não queria ver os cérebros dos meus filhos desligados. Queria que eles estivessem a fazer outras coisas mais produtivas”, referiu.

Por fim, Francisco Pedro Balsemão destacou que ser pai “muda a vida de uma pessoa”.“Especialmente se queres ser um pai como eu quero, um pai galinha, um pai que está sempre a viver a vida dos seus filhos e a acompanhar todos os passos deles”, explicou.

"Dá trabalho, perdes uma parte da tua liberdade, investes muito tempo e o maior desafio de todos é a educação. Mas, tudo é melhor (…) Não tenho nada contra as pessoas que não são pais, mas tudo é melhor. A oportunidade de os ver crescer, ajudar a moldar a sua personalidade, viver os seus sucessos e acompanhar toda a parte escolar, desportiva e cultural da sua vida. Também é sofrer, como é óbvio, isso vai ser até morrer, mas tudo é melhor”, completou.

Recorde-se que as três crianças são fruto do casamento do CEO do grupo Impresa com Maria Zagallo.