
Foi numa conversa intimista com Daniel Oliveira, no programa Alta Definição, da SIC, que Clemente lembrou a sua relação com os pais e a últimas palavras da sua mãe. A conversa com o cantor foi originalmente emitida a 29 de junho de 2024.
A entrevista decorreu no Forte de Albarquel, em Setúbal, cidade de onde é natural, e o intérprete da música Colmeia do Amor, recordou os seus progenitores e a união que tinha com eles – apesar de ter sido 'ensinado' a não exteriorizar os seus sentimentos.
Mesmo depois de comprar a sua primeira casa – altura em que teria cerca de 20 anos – continuou a marcar presença nos almoços em casa dos pais. “Ia almoçar sempre com eles. Fazia questão. Era muito engraçado, faziam-me queixas um do outro”, recordou.
Clemente contou a Daniel Oliveira que os pais nunca foram de exteriorizar, pelo menos à sua frente, o quão orgulhosos estavam do seu sucesso. “Nunca foram uns pais que me incentivassem, batessem palmas e quisessem ir aos espetáculos”, disse, deixando claro que ainda assim, sempre lhe pediram os ‘pés assentes na terra’.
”‘Tem cautela em relação ao futuro. Agora vão-te abrir várias armadilhas (…) mas pensa no futuro porque quando não tiveres sucesso, depois não tens ninguém a dar-te ‘palmadinhas’ nas costas e tens de ter a tua vida feita, economicamente, para não dependeres de ninguém’“, recordou o que lhe diziam os seus progenitores.
A perda dos progenitores e as últimas palavras da mãe
O cantor assume que sempre foi próximo dos seus. “Nunca lhes paguei aquilo que fizeram por mim”, disse na entrevista. Nunca se esquecerá do dia em que o pai morreu – depois de ter entrado em coma, por consequência de ter sido atropelado por uma mota – em 1996, e das últimas palavras da mãe, no leito da sua morte, por conta de um problema oncológico, em 2006. “Quando estava a morrer, o que me disse foi: ‘E o que vai ser feito de ti?’. E isso é aquilo que me acompanha”, terminou.
Assista à entrevista completa no vídeo acima.