A ligação de Carolina Deslandes com o padrasto, ou, como gosta de chamar, "pai não-bio", é, desde pequena, muito forte. Aliás, a cantora nunca escondeu que teve a sorte de a vida lhe dar não um, mas sim, dois pais. Em conversa com Renato Godinho, no mais recente episódio do podcast da SIC, O Amor É A Razão, a artista explicou brevemente esta afinidade e até revelou um hábito trazido pelo padrasto que, hoje, reconhece, ter-lhe mudado a vida.

Tudo acontecia, segundo as suas palavras, aos sábados de manhã, precisamente durante o tempo em que a sua mãe gostava de descansar um pouco mais no período matinal. "Ele pegava em mim, no meu irmão e, mais tarde, na minha irmã, vestia-nos, o que era uma felicidade para mim, porque eu podia vestir o que quisesse e saía de casa com uma roupa que não fazia sentido nenhum, e levava-nos ao Chiado", começou por partilha a artista.

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"Deixava-nos escolher um livro e um disco aos sábados de manhã, que é um luxo, não é? Porque é uma coisa cara. E então eu escolhia um livro, escolhia um disco e depois ele ia-me fazendo perguntas sobre o livro: o que é que eu achava, o que é que eu não achava, se eu tinha gostado, se não tinha gostado. Fazia-me perguntas sobre as personagens…", continuou a detalhar Carolina Deslandes, deixando a certeza que em tenra idade já tinha uma verdadeira riqueza dentro do seu quarto.

"Quando tinha 16 anos eu já tinha uma biblioteca muito vasta, eu já tinha muitos discos, eu já tinha ouvido muita música, eu já tinha lido muitos livros e isso fez com que eu me apaixonasse pelas palavras", revelou ainda a também compositora como forma de explicar publicamente como, de forma inocente, se apaixonou pela escrita. A isso deve-o ao padrasto, ao qual agradeceu durante a entrevista por este gesto e incentivo que lhe viria a mudar para sempre a vida.

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"Eu não ligo a televisão da minha casa. Não tenho esse hábito. Muito mais depressa vou pegar num livro do que vou ligar a televisão da minha casa. E isso vem de pequenina mesmo. E vem dele me ter dado essa oportunidade de me oferecer tanta coisa que eu li, que eu descobri, que me fez perceber quem é que eu era e o que é que eu queria fazer", rematou, Carolina Deslandes, por fim.

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